quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Perde -se tudo com o câncer?

Realmente, as “perdas” já começam com a chegada da notícia. Perda de rumo, de certezas e convicções. Surgem medos e inseguranças, conflitos e questionamentos. O tempo pára e a vida passa depressa na cabeça, como um filme. Começa, então, uma rotina de exames, de idas e vindas a médicos, laboratórios, clínicas e hospitais. Muitas vezes, adentra-se, pela primeira vez, neste universo obscuro e distante do cotidiano. Começa uma corrida contra o tempo.

Perde-se o controle da vida!
A vida toma outra direção e passa a ser habitada por pessoas e locais diferentes. Surge um novo vocabulário, complexo e desconhecido, de nomes grandes e esquisitos, laudos, biópsias e resultados. Perdem-se os dias passados dentro de um hospital, numa fila de espera, nas idas e vindas dos papéis, autorizações, agendamentos e cancelamentos. Sim, perde-se a autonomia, o “ir e vir” livremente. Perde-se um dia de trabalho ou muitos dias, perde-se a capacidade de trabalhar e até mesmo o emprego. Perde-se o controle da vida e do corpo. Perde-se a noção do tempo e a certeza de quanto tempo ainda lhe resta. Perde-se o apreço e a fama. Vão-se embora os conhecidos e faz doer a perda dos que eram “amigos”.

Perde-se as roupas que já não cabem, perde-se o apetite, o cabelo, a pele corada e a aparência saudável. Perde-se a mama, o esôfago ou o útero, perde-se a voz. Mas, afinal, perde-se realmente tudo? Não, não e não!

Fazer surgir um novo broto de vida...
Sabedoria é conseguir reconhecer os ganhos em meio ao caos gerado pelo excesso das perdas, é enxergar essas perdas como podas que, bem aproveitadas, fazem surgir um broto novo.

Ganha-se fé,  resiliência, resignação,  sabedoria, força e muita vontade de viver... a gente se descobre pequeno, frágil,  efêmero e totalmente dependente de Deus...
(Autor desconhecido)

terça-feira, 23 de julho de 2019

Pessoas que tiveram câncer envelhecem mais rapidamente

Pessoas que tiveram câncer envelhecem mais rapidamente do que pessoas que não tiveram a doença, revela um estudo.


Escrevendo no periódico online ESMO Open, especialistas pediram que sejam feitas mais pesquisas para ajudar reduzir o processo de envelhecimento acelerado, prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes de câncer.

Graças a diagnóstico e tratamento mais eficazes, o número de sobreviventes de câncer deve aumentar. Hoje há mais de 30 milhões de pessoas no mundo que sobreviveram a um câncer. Até 2025, porém, cerca de 19 milhões de novos diagnósticos de câncer serão feitos todos os anos, e, segundo pesquisadores, a maioria dessas pessoas com câncer vai sobreviver por muitos anos.


Por que pessoas com câncer naturalmente envelhecem mais rapidamente?

Os pesquisadores disseram que os sobreviventes do câncer têm chances maiores de desenvolver problemas de longo prazo, e isso em idade mais jovem que a população geral.

Eles teorizaram que isso provavelmente se deve aos danos causados pela quimioterapia e radioterapia a tecidos normalmente saudáveis. Esses tipos de tratamento podem reduzir a chamada "reserva fisiológica" — a capacidade dos órgãos e sistemas corporais biológicos que nos é dada quando nascemos — e a capacidade natural do organismo de superar fatores internos e externos de estresse biológico.

"O envelhecimento precoce com certeza é melhor que a morte precoce, mas, se pudermos entender melhor como esse processo funciona, teremos mais chances de melhorar os resultados", disseram os pesquisadores.

Eles vasculharam bancos de dados para localizar evidências publicadas sobre os processos celulares envolvidos no envelhecimento e sobre o impacto potencial dos tratamentos de câncer sobre esses processos. Descobriram vários efeitos colaterais e complicações tardias que têm implicações não apenas para os pacientes, mas também para os serviços de saúde.

Algumas das descobertas mais importantes:

:: Pessoas que sobreviveram a um câncer na infância têm chances três a seis vezes maiores de desenvolver um segundo câncer.

:: A expectativa de vida estimada de pessoas que sobreviveram a um câncer na infância é 30% mais baixa que a da população em geral.

:: O risco de fragilidade entre pessoas que receberam transplantes de medula óssea é oito vezes maior que a de seus irmãos.

:: O tratamento de longo prazo com esteróides, algo que faz parte de muitas estratégias para o tratamento de câncer, está associado a riscos aumentados de cataratas, osteoporose, danos neurais, afinamento da pele, infecções e dificuldades para sarar ferimentos.

:: O tratamento de câncer está associado a vários aspectos do envelhecimento biológico.

:: Certos medicamentos primários usados contra câncer estão associados a perda auditiva, endurecimento de artérias carótidas e cânceres secundários do sangue e da medula óssea.

:: A radioterapia está associada à demência, perda de memória, doença das artérias carótidas e células da medula óssea, e leucemia.

:: O tamoxifeno (tratamento coadjuvante para prevenir a reincidência de câncer) está ligado a cataratas.

Necessidade de mais pesquisas futuras
Os cientistas disseram que, apesar desses efeitos colaterais indesejáveis, o tratamento anticâncer vale a pena para muitos pacientes com a doença, e o envelhecimento "faz parte da vida".

Mas a aceleração do envelhecimento sentida por muitos sobreviventes de câncer em decorrência direta do tratamento é algo que pode e deve ser minimizado. Primeiro porque os sobreviventes do câncer merecem, e segundo porque é um problema de saúde pública, disseram os pesquisadores.

"Acreditamos que os sobreviventes de câncer merecem um acompanhamento médico de longo prazo visando mitigar os efeitos tardios", eles concluíram.

"A meta última desses estudos será prevenir as complicações tardias, lançando mão de intervenções precoces, incluindo medicamentos e mudanças de estilo de vida."

A Dra. Aine McCarthey, da organização Cancer Research UK, disse ao HuffPost UK:

"Os resultados deste estudo mostram que mais pessoas que nunca estão sobrevivendo ao câncer, mas precisamos fazer mais para assegurar uma boa qualidade de vida aos sobreviventes. Precisamos fazer mais pesquisas para desenvolver tratamentos mais suaves, que ainda funcionem, mas tenham menos efeitos colaterais de curto e longo prazo."

Dany Bell, a assessora de tratamento e recuperação da ONG MacMillan Cancer Research, disse ao HuffPost UK: "Essa pesquisa reflete como a história do câncer neste país [Inglaterra] mudou. Hoje um diagnóstico de câncer frequentemente não assinala o fim da vida, mas quase sempre assinala uma transformação na vida."

Os diagnósticos mais precoces e tratamentos mais eficazes significam que mais pessoas estão vivendo por mais tempo depois de receber um diagnóstico de câncer. Isso é ótimo, mas sobreviver nem sempre significa viver bem. Milhares de pessoas convivem com efeitos colaterais de longo prazo que podem ter impacto profundo sobre o corpo.

"As conclusões destacam que, enquanto o índice de sobrevivência é importante, não é o único critério para avaliar o sucesso dos tratamentos contra câncer. Uma parte importante do atendimento deve ser a possibilidade de os pacientes discutirem com o médico como o câncer pode afetar sua qualidade de vida no longo prazo. E as pessoas precisam ter acesso a um pacote personalizado de apoio e atendimento a partir do diagnóstico, para que possam ter a melhor qualidade de vida possível pelo maior tempo possível", conclui Dany Bell.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Estamos na era do não deixar pra depois!!!

Bem isso!!! 
Engole o choro. Engole sapo. Cala a boca. Cala o peito. Mas o corpo fala, e como fala. Fala a ponta dos dedos batendo na mesa. Falam os pés inquietos na cama. Fala o frio na barriga. Fala a dor de cabeça. Fala a gastrite, o refluxo, a ansiedade. Fala o nó na garganta atravessado. Fala a angústia, fala a ruga na testa. Fala a insônia ou o sono demasiado. O normal do Ser Humano seria a comunicação e conseguir dizer o que está sentindo, mas nem todos se habilitam para esse difícil exercício. Nem sempre digerimos bem aquelas pequenas coisas, como mensagens mal respondidas, as palavras que machucam, a cena inesperada... Você finge que não ouviu, engole e tudo isso vai se acumulando até que um dia enche. Esses pequenos fatos indigestos percorrem a garganta, entram no estômago, invadem o peito, e se deixarmos, calará nossa boca e nossa paz. O importante é não deixar acumular ou achar que simplesmente vai aliviar com o passar dos dias. O tempo até tem um papel importante, mas não resolve tudo. Tentar mostrar que tudo sempre está bem requer muita energia, o desgaste emocional é grande. Não dá pra engolir tudo e dizer amém, né??? Também não dá pra cometer sincericídios por aí e sair vomitando as coisas entaladas na sua garganta, mas dá para se expressar. Tem hora que o sentimento pede pra ser dito, entendido, descodificado, traduzido. Tudo que ele quer é ser exorcizado pela palavra ou pela via que lhe cabe melhor. Expressar tranquiliza a dor. Dor não é pra sentir pra sempre. Dor é vírgula. Então quebra um copo, um prato. Canta uma música, dança. Faz piada, dá soco no travesseiro, faz encontro com amigos. Faz uma viagem. Fala pro seu Terapeuta, fala para Deus, para o universo... se pinta de louco. Conversa sozinho, papeia com seu cachorro, solta um grito pro céu, mas não se cale. Pois “Se você engolir tudo que sente, no final você se afoga!!!

Autor: desconhecido

sexta-feira, 5 de julho de 2019

O que aprendi com o câncer nesses anos todos?

Eu aprendi que não adianta procurar respostas e questionar:  Por que eu? O que fiz de errado? 
Também não adianta se deixar assombrar pelo medo (medo de recidiva, medo de morrer, medo do ca 125)! Temos uma doença crônica e devemos aprender a lidar com todas as situações. 
Aprendi a fazer planos a curto prazo e a fazer tudo o que me der vontade, a viver o hoje e o agora a cada dia!
Aprendi que temos uma força inimaginável e que nos momentos que mais precisamos ela ressurge ainda mais forte!
Aprendi a respeitar os limites do meu corpo!
Aprendi a ouvir mais a minha intuição!

Foram tantas coisas que aprendi que seria difícil escrever tudo para vocês! 

E o aprendizado continua! 

Beijos 

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Dia Mundial de Combate ao Câncer de Ovário 2019

Queridos leitores, ontem, dia 08 de maio, pela primeira vez, de forma independente, a ACCO - Associação de Combate ao Câncer de Ovário e o grupo Câncer de Ovário - Juntas Somos Mais Fortes realizaram um evento onde todos os presentes puderam debater mais sobre esse tema, desde o  diagnóstico, até a importância dos cuidados paliativos não só nas fases mais avançadas da doença. Acreditamos que, desta forma, com a participação ativa das pacientes, médicos, associações e institutos, poderemos colaborar com a perspectiva de novos cenários para o câncer de ovário, pois a informação de qualidade continua sendo a melhor forma de prevenção e diagnóstico precoce!
Imensa gratidão a todas(os) que puderam comparecer ontem em nosso evento pelo Dia Mundial do Câncer de Ovário! Fernando Lima, vc é o cara! Muito obrigada por esse momento inesquecível! Muita gratidão também à Dra. Andrea Gadelha Guimarães, oncologista do AC Camargo Câncer Center, ao Dr. Samir Salmam, idealizador do Hospital Premier de Cuidados Paliativos,  ao Tom Almeida, fundador do Movimento Infinito, à Evelyn Scarelli, do Instituto Oncoguia, à Tamara Silveira, filha de paciente e estudante de medicina, à Anne Carrari, do Sobrevivi ao Câncer de Ovário, à Juliana Dantas, jornalista/ mediadora, a todas as pacientes maravilhosas e demais pessoas que se doaram nesse dia tão especial!
Muita informação e muito aprendizado!
Que Deus permita mais encontros como esse!




sexta-feira, 12 de abril de 2019

Mas afinal o que é “peritônio”?

Segue um texto da estudante de medicina, Tamara Silveira, o qual explica de forma simples o que é o peritônio, geralmente afetado pelo câncer de ovário!
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Resolvi escrever um pouquinho sobre o peritônio porque muita gente fica confusa sobre sua localização. O peritônio é uma membrana e ele não é tão fácil de ver quanto p.ex. coração, pulmão, etc.

O peritônio é uma membrana. Basicamente isso. É uma capa que surge durante o desenvolvimento do bebê e vai recobrir os órgãos de toda a região do abdome. Ela vai servir tanto para dar mais suporte aos órgãos (tipo uma rede, segurando tudo no lugar), como também vai protegê-los e desenvolver algumas outras funções, como dar suporte de vasos sanguíneos.

Dependendo de onde for, o peritônio vai cobrir totalmente o órgão e, em outros lugares, apenas uma parte do órgão. Isso acontece porque, durante o desenvolvimento dos nossos órgãos e do corpo, essa “capa” vai se dobrar sobre si mesma em alguns pontos. Essa dobras também vão criar “espaços” no abdome, que a gente chama de “cavidades”. O “fundo de saco Douglas” que saem nos ultrassons transvaginais é uma cavidade, por exemplo, ocasionada por esses espaços.

Em relação à sustentação dos órgãos, o peritônio pode se prender a um órgão e à parede do abdome, ou se prender entre dois órgãos. O famoso omento é parte do peritônio e se prende entre dois órgãos, por exemplo. Aí dependendo de onde ele se liga, tem um nome diferente.

Quando se diz “peritônio” a gente entende que é a capa cobrindo a região do abdome. Retroperitonio é a região que fica na parte de trás dessa capa.

Para não deixar ninguém com má impressão com imagens de anatomia, achei essa imagem sensacional que explica bem o peritônio. Sabe o tecido azul, retorcido e cobrindo os órgãos? É ele 🥰 o que fica atrás de tudo isso se chama retroperitonio.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

O momento da certeza!

A seguir, um texto do Dr. Túlio Eduardo Flash Pfiffer, oncologista do Hospital Sírio Libanês. Gratidão por todos esses médicos, que fazem de cada novo caso um desafio a ser superado!

“Após algumas semanas com sintomas. Após alguns dias com Raio X alterado. Após longas horas de dúvida, chegou o momento da biópsia, o momento da certeza.

Para os médicos a biópsia marca o diagnóstico. O próximo passo são os exames para avaliar a extensão do tumor para aí sim poder desenhar o tratamento.

Para o paciente e sua família a biópsia significa o início de uma longa jornada, uma jornada que não sabemos ao certo aonde vai dar. Neste momento a dúvida se é câncer passa a ser uma certeza. E as certezas da vida passam a ser dúvidas. Tem tratamento? Tem cura? Como foi minha vida? Deu tempo de fazer o que precisava ser feito?

Nesse momento o chão treme, o medo chega as lágrimas escorrem. Os problemas anteriores passam a ser mera distração. A dor na alma é mais forte do que a dor no corpo.

Nesse momento frio o tempo para. Nossas vidas entram em suspensāo. Nossos planos são congelados. Temos medo dos nossos sonhos terminarem antes do que nossas vidas.

A biópsia não atinge apenas o paciente. A biópsia atinge toda família. Todos ficam doentes. Todos sentem dor, tremem e choram. Todos precisam buscar energia para se levantar, sacodir a poeira e se organizam para batalha que se inicia.

Não bastassem as dúvidas em relação a doença, chegam as dúvidas relacionadas ao próprio tratamento. Palavras pesadas como quimioterapia, radioterapia e cirurgia entram em nossa vida sem pedir licença. Um paradoxo. Colocamos nossas esperanças em tratamentos que podem nos machucar.

Com sorte, com o passar do tempo, conseguimos redescobrir a importância das coisas simples da vida como um sorriso, um abraço, um amigo, uma tarde de preguiça ou uma noite bem dormida. Muitas vezes as coisas importantes da vida ficaram esquecidas ao serem atropeladas pela correria do dia a dia. Após a biópsia trocamos as lentes de como enxergamos a vida.

A notícia do câncer corre rápido, feito rastro de pólvora. Muitas pessoas querem ajudar, uma minoria apenas futricar. O câncer sempre é uma notícia forte.

Como cantam Toquinho e Vinícius numa das mais lindas músicas brasileiras: “Aquarela”.

“E o futuro é uma astronave 
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade 
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda a nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe 
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe 
Bem ao certo onde vai dar”

Certamente a biópsia marca o início de uma longa jornada.

Nesta jornada as orações são sempre bem-vindas.”


segunda-feira, 8 de abril de 2019

A SOLIDÃO DE QUEM TEM CÂNCER... 💔

Olá leitores! Esse texto não é de minha autoria, mas retrata exatamente o que a maioria de nós, pacientes oncológicos, vivenciamos!

Apesar do fato de você, depois do diagnóstico, ter pessoas à sua volta, poder contar com o apoio de uma ou outra das que te restaram, nem sempre acontece!
A jornada rumo a CURA é longa, cara e muito Solitária, e as pessoas não entendem...
Mesmo aqueles familiares mais próximos e até aquelas amigas mais queridas, que realmente se preocupam com você, não conseguem entender o que você está vivendo e a ajuda que precisa, a não ser que algumas dessas pessoas também já tenham passado por isso... Caso contrário, fica difícil acompanhar esse turbilhão de emoções que sente quem foi diagnosticado com câncer.
O fato é que é muito difícil dar apoio para alguém nessa hora se você nunca passou por isso.
O assunto Câncer por si só, já carrega essa carga emocional muito forte.
Não sei se isso aconteceu com você, mas houve uma época em que não se pronunciava a palavra Câncer.
Eu, quando criança, escutava as pessoas comentarem que: "Fulano contraiu aquela doença ruim".
O fato é que o Câncer carrega um estigma de morte muito forte, e muitas pessoas não sabem como lidar com quem foi diagnosticado.
Então, é muito comum que as pessoas se afastem, pois elas não se sentem confortáveis.
Se você está se sentindo sozinho(a) agora, compreenda que a maioria das pessoas não estão preparadas para viver perto de quem luta contra um Câncer...
A quimioterapia, as cirurgias e todo tratamento já impõe um isolamento, mas o afastamento de pessoas queridas, dói muito mais. É muito difícil passar por um câncer, há um misto de emoções, mudança na aparencia, na vida e nada mais é como antes. Você irá se surpreender com algumas atitudes boas e também más, porém o mais importante é:  Você verá o quanto é forte, mesmo sem esperança aos olhos humanos.
Sua fé se torna gigante pois isso te aproxima mais de Deus.
É muita fragilidade emocional e solidão... mais se aprende a conviver consigo mesmo.
Deus é sempre presente... Quando vc ver tudo passou... Encare as doenças do corpo físico como uma lapidação da alma.
Desistir JAMAIS!

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Cientistas israelenses acreditam que em um ano terão “a cura para o câncer”




Pesquisadores israelenses podem ter descoberto a primeira “cura completa para o câncer ” usando codificação genética de ponta para matar células doentes. A notícia foi divulgada nesta segunda-feira (28) pelo jornal israelense Jerusalém Post.
As informações foram dadas por Dan Aridor, presidente do conselho da Acelerated Evolution Biotechnologies (AEBi), empresa que está desenvolvendo o tratamento em Israel.
“Nossa cura para o câncer será eficaz desde o primeiro dia, terá duração de algumas semanas e não terá nenhum efeito colateral – ou mínimo – a um custo muito menor do que a maioria dos outros tratamentos no mercado”, disse Aridor em entrevista ao jornal.
O tratamento é chamado MuTaTo (toxina multi-alvo) e foi comparado a um “antibiótico de câncer” em um relatório. A equipe desenvolveu a terapia do câncer depois de avaliar uma variedade de medicamentos contra o câncer e tratamentos que falharam no passado.
“Nós nos certificamos de que o tratamento não será afetado por mutações; as células cancerígenas podem sofrer mutações de tal forma que os receptores alvos são eliminados pelo câncer”, explicou o Dr. Ilan Morad, CEO da AEBi.
Ele equiparou o conceito de MuTaTo ao coquetel triplo de drogas que ajudou a transformar a AIDS de uma sentença de morte automática para uma doença crônica.
Descoberta
O medicamento anticâncer, potencialmente revolucionário, é baseado em uma tecnologia que pertence ao grupo de tecnologias de exibição de fagos (fago, do grego fagoína significa “devorar”). Envolve a introdução do DNA codificador de uma proteína, como um anticorpo, em um bacteriófago – um vírus que infecta bactérias. Essa proteína é então exibida na superfície do fago.
Os pesquisadores podem usar esses fagos exibindo proteínas para rastrear interações com outras proteínas, sequências de DNA e pequenas moléculas.
Em 2018, uma equipe de cientistas ganhou o Prêmio Nobel por seu trabalho sobre a exibição de fagos na evolução dirigida de novas proteínas – em particular, para a produção de anticorpos terapêuticos.
A empresa AEBi está fazendo algo semelhante, mas com peptídeos (compostos de dois ou mais aminoácidos ligados em uma cadeia). De acordo com Morad, os peptídeos têm diversas vantagens sobre os anticorpos, incluindo que são menores, mais baratos e mais fáceis de produzir e regular.
Os cientistas disseram que abandonaram o caminho de outras tentativas que não produziam o resultado esperado.
“Estávamos fazendo o que todo mundo fazia, tentando descobrir novos peptídeos específicos para cânceres específicos”. Mas pouco depois, Morad e seu colega, Dr. Hanan Itzhaki, decidiram que pegariam um caminho de estudo diferente.
Morad disse que eles precisavam identificar por que outras drogas e tratamentos que matam o câncer não funcionam ou eventualmente fracassam. Então, eles encontraram uma maneira de combater esse efeito.
“A maioria das drogas anticâncer atacam um alvo específico na célula cancerosa”, explicou. A inibição do alvo geralmente afeta um caminho fisiológico que promove o câncer. Mutações nos alvos – ou a jusante em suas vias fisiológicas – poderiam tornar os alvos não relevantes para a natureza cancerígena da célula, e, portanto, o ataque da droga se tornaria ineficaz.
Técnicas do MuTaTo
Em contraste às técnicas existentes, o MuTaTo está usando uma combinação de vários peptídeos de direcionamento de câncer para cada célula cancerosa ao mesmo tempo, combinada com uma forte toxina peptídica que mataria especificamente as células cancerígenas.
“Usando pelo menos três peptídeos de alvo na mesma estrutura com uma toxina forte”, Morad disse, “nós nos certificamos de que o tratamento não será afetado por mutações; as células cancerígenas podem sofrer mutações de tal forma que os receptores alvos são eliminados pelo câncer”.
“A probabilidade de ter múltiplas mutações que modificariam todos os receptores-alvo simultaneamente diminui drasticamente com o número de alvos usados", continuou Morad. “Em vez de atacar os receptores um de cada vez, atacamos os receptores três de cada vez – nem mesmo o câncer pode causar mutação em três receptores ao mesmo tempo”.
O cientista explica ainda que, além disso, muitas células cancerosas ativam mecanismos de desintoxicação quando sob estresse por drogas. As células bombeiam as drogas ou modificam-nas para não serem funcionais. Mas Morad disse que a desintoxicação leva tempo. Quando a toxina é forte, tem uma alta probabilidade de matar a célula cancerosa antes de ocorrer a desintoxicação, situação na qual ele está apostando.
Cerca de 18,1 milhões de novos casos de câncer são diagnosticados em todo o mundo a cada ano, de acordo com relatórios da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer. Além disso, cada seis mortes no mundo é devido ao câncer, tornando-se a segunda principal causa de morte (perdendo apenas para as doenças cardiovasculares).

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Última cartada: Olaparibe!

Oi leitores....espero que todos estejam bem!
Consegui judicialmente o Olaparibe, uma monoterapia oral para ca de ovário recidivado em pacientes com mutação genética brca1! Hoje eu fui buscá-lo e amanhã começo a tomar ...
Quando peguei nas mãos aquela caixa enorme, surgiu um misto de sentimentos...feliz por ter conseguido o medicamento, mas triste em ter que tomar quase 1 kg de cápsulas por mês, para o resto da vida!

Mitos e verdades sobre o câncer de ovário

A médica oncologista Ana Carolina Gifoni, membro do Comitê de Oncogenética da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e presidente ...