sábado, 17 de março de 2018

Recidiva, de novo?

Mais uma vez o câncer apareceu. Essa é a segunda recidiva!
Sei que terei que passar por todo o processo novamente, mas é como dizem: enquanto há vida há esperanças.
Mas afinal, todos sabem o que é uma recidiva?
A notícia do diagnóstico de um câncer é, sempre, dolorosa e cheia de dúvidas e medos, ao contrário do momento em que se descobre que a doença está curada. No entanto, pessoas que já tiveram qualquer tipo de tumor apresentam maior chance de ter de lidar com o câncer outra vez. Ainda não se sabe, exatamente, a causa desse fenômeno, mas acredita-se que ele decorra de alterações imunológicas e/ou predisposições genéticas individuais. Esse evento é chamado de recidiva do câncer.
Recidiva, ou recorrência, significa “está acontecendo novamente”. É quando o paciente trata um câncer e, algum tempo depois, a doença volta a se manifestar.
A recidiva pode acontecer pouco ou muito tempo depois da cura do primeiro tumor e exige, do paciente, uma nova perspectiva em relação à patologia e ao tratamento. Isso porque, infelizmente, quando o câncer retorna ao organismo, muitas vezes, as novas células cancerosas já se desenvolveram com defesas contra as terapêuticas empregadas na primeira vez, ou seja, tornaram-se resistentes.

Locais e características da recidiva do câncer

Geralmente, a recidiva do câncer se inicia a partir de células que foram liberadas pelo antigo tumor, espalharam-se pelo corpo através da corrente sanguínea ou linfática e permaneceram inativas por um tempo, até que voltaram a crescer.
Os tipos de câncer variam em sua capacidade de recidivar e nos locais em que isso pode acontecer. Por isso, a recidiva pode ser classificada em locorregional e metastática.
Quando o câncer retorna, exatamente, no mesmo lugar de origem ou quando envolve linfonodos ou tecidos próximos do primeiro tumor, a recidiva é chamada de locorregional. Quando a doença se dissemina para órgãos ou tecidos distantes do tumor original, a recidiva é chamada de metastática à distância.
Existe uma grande diferença entre esses dois grupos, porque o paciente com recidiva locorregional é, potencial e frequentemente, curável. Pode-se dizer que o tratamento, nesse caso, é realizado como uma segunda tentativa de cura. Na metastática, por outro lado, a ideia é, muito mais, de controle da doença.
No entanto, vale afirmar que, atualmente, com a extensa disponibilidade de medicamentos e procedimentos que podem controlar o câncer a longo prazo, os médicos são mais otimistas em relação à cura de metástases, principalmente, quando se trata de uma isolada.

Tratamento da recidiva do câncer

Quando há a recidiva do câncer, depois do choque e da frustração, a primeira pergunta do paciente é, geralmente, se o tratamento fará efeito novamente. A estratégia a ser utilizada é definida levando em conta os mesmos fatores considerados na primeira manifestação da doença: tipo de tumor, tamanho, localização e estado geral de saúde da pessoa.
Muito provavelmente, a terapêutica, agora, será mais intensa do que na primeira vez. De qualquer maneira, é importante lembrar que você já conhece a doença, aprendeu a conviver com ela e sabe que pode suportá-la.

6 comentários:

  1. Nanci, que texto tão esclarecedor... tinha idéia que existia essa diferença entre metástase e recidiva, mas esse texto foi totalmente esclarecedor. Desejo que suas forças seja realmente renovadas esse que certamente consiga passar com dignidade por todo o processo. Beijo ❤

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  2. Oi Nanci! Muito obrigada por compartilhar linhas tão esclarecedoras e ainda maior, compartilhar sua vida como forma de apoio, caridade e amor pela vida com todas nós! Alem da terapia convencional tambem procuramos a radiestesia que tem sido uma benção! Deus continue com vc!!!! Um beijo

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  3. Disseminar a informação sobre saúde é importante demais. Parabéns pelo blog.

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