sábado, 25 de fevereiro de 2017

Cuidados que o paciente oncológico deve ter no Carnaval

Publicação de AC Camargo


Todo paciente oncológico passa por diversas etapas durante seu tratamento, do diagnóstico à reabilitação. Independentemente da sua fase nessa jornada, certos cuidados específicos são necessários para curtir a folia do carnaval. Confira as dicas da nossa equipe multidisciplinar:

Pacientes em tratamento quimioterápico

"A principal dica é evitar locais muito cheios, com aglomeração de pessoas. Também é importante enfatizar: consumo de bebidas alcoólicas está proibido. Lembre-se de se proteger do sol e manter-se bem hidratado", comenta Dra. Solange Sanches, Diretora de Oncologia Clínica.

Atenção aos medicamentos 

"Bebidas alcoólicas e medicamentos não dão samba. Quando combinados, podem inibir ou aumentar os efeitos, interferindo no sucesso do seu tratamento. Depois da folia, não assuma o risco da automedicação. Procure sempre um médico ou farmacêutico", equipe de Farmácia.
Pacientes em tratamento radioterápico
"O ponto de atenção para esses pacientes está relacionado à pele: adesivos e pinturas - típicas do carnaval - não devem ser aplicadas nas áreas irradiadas, que também devem estar bem protegidas do sol. Evite ainda o consumo de bebida alcoólica e jejuns prolongados", diz Dr. Antonio Cassio Pellizzon, Diretor de Radioterapia.
Enfermagem 
(ainda não recebi. Inserimos depois, se enviarem)
Pacientes pós-cirúrgicos
"Cada cirurgia exige cuidados específicos. Siga rigorosamente as orientações de seu cirurgião sobre movimentos, alimentação, ingestão de bebidas e uso de medicamentos", recomenda Dr. Ademar Lopes, Vice-Presidente da Fundação Antônio Prudente e Diretor do Núcleo de Sarcomas.
Cuidados com a alimentação
A alimentação de todo paciente durante o tratamento deve ser saudável e equilibrada. Os cuidados são principalmente em relação à higienização dos alimentos e utensílios, além da hidratação. Confira as dicas da equipe de Nutrição:
Evite consumir alimentos fora de casa. Caso seja necessário, evite o consumo de frutas, verduras e legumes crus, pois há riscos em relação à correta higienização desses alimentos;
Ao comprar produtos no mercado, higienize a embalagem, ainda fechada, com água e sabão ou papel toalha com álcool em gel a 70%. Muitas embalagens ficam expostas a ambientes contaminantes e são manipuladas por diversas pessoas;
Carnaval é uma época muito quente. A hidratação é fundamental. O consumo de água deve ser de, no mínimo, 2 litros por dia, preferencialmente nos intervalos das refeições. Outros líquidos podem ajudar na hidratação, como sucos naturais, chás e água de coco, mas a água sempre deve ser o mais importante;
Alimentar-se de forma saudável e equilibrada é consumir regularmente frutas e hortaliças, leites e derivados magros, carnes (com preferência para carnes brancas), grãos e cereais.
Todo paciente oncológico passa por diversas etapas durante seu tratamento, do diagnóstico à reabilitação. Independentemente da sua fase nessa jornada, certos cuidados específicos são necessários para curtir a folia do carnaval. Confira as dicas da nossa equipe multidisciplinar:

Pacientes em tratamento quimioterápico

"A principal dica é evitar locais muito cheios, com aglomeração de pessoas. Também é importante enfatizar: consumo de bebidas alcoólicas está proibido. Lembre-se de se proteger do sol e manter-se bem hidratado", comenta Dra. Solange Sanches, Diretora de Oncologia Clínica.

Atenção aos medicamentos 

"Bebidas alcoólicas e medicamentos não dão samba. Quando combinados, podem inibir ou aumentar os efeitos, interferindo no sucesso do seu tratamento. Depois da folia, não assuma o risco da automedicação. Procure sempre um médico ou farmacêutico", equipe de Farmácia.

Pacientes em tratamento radioterápico

"O ponto de atenção para esses pacientes está relacionado à pele: adesivos e pinturas - típicas do carnaval - não devem ser aplicadas nas áreas irradiadas, que também devem estar bem protegidas do sol. Evite ainda o consumo de bebida alcoólica e jejuns prolongados", diz Dr. Antonio Cassio Pellizzon, Diretor de Radioterapia.

Pacientes pós-cirúrgicos

"Cada cirurgia exige cuidados específicos. Siga rigorosamente as orientações de seu cirurgião sobre movimentos, alimentação, ingestão de bebidas e uso de medicamentos", recomenda Dr. Ademar Lopes, Vice-Presidente da Fundação Antônio Prudente e Diretor do Núcleo de Sarcomas.

Cuidados com a alimentação

A alimentação de todo paciente durante o tratamento deve ser saudável e equilibrada. Os cuidados são principalmente em relação à higienização dos alimentos e utensílios, além da hidratação. Confira as dicas da equipe de Nutrição:
Evite consumir alimentos fora de casa. Caso seja necessário, evite o consumo de frutas, verduras e legumes crus, pois há riscos em relação à correta higienização desses alimentos;
Ao comprar produtos no mercado, higienize a embalagem, ainda fechada, com água e sabão ou papel toalha com álcool em gel a 70%. Muitas embalagens ficam expostas a ambientes contaminantes e são manipuladas por diversas pessoas;
Carnaval é uma época muito quente. A hidratação é fundamental. O consumo de água deve ser de, no mínimo, 2 litros por dia, preferencialmente nos intervalos das refeições. Outros líquidos podem ajudar na hidratação, como sucos naturais, chás e água de coco, mas a água sempre deve ser o mais importante;
Alimentar-se de forma saudável e equilibrada é consumir regularmente frutas e hortaliças, leites e derivados magros, carnes (com preferência para carnes brancas), grãos e cereais.

Pacientes com cateter, drenos e sondas

"Pacientes que possuem cateteres externos, drenos e sondas precisam ter cuidado especial para evitar traumas, perdas ou outras complicações. A dica também é válida para aqueles estomizados há um tempo. Caso esteja com receio de descolamento da bolsa e da base, utilize o cinto de estoma para maior fixação. A criatividade também conta: entre no clima e elabore uma fantasia que ajude na segurança do dispositivo. E lembre-se de esvaziar a bolsinha periodicamente, sempre que atingir 1/3 da capacidade", comenta Patrícia Pereira dos Anjos, enfermeira.

Outros cuidados gerais

"De modo geral, evite sair ou viajar para locais com aglomeração de pessoas, como praias, por exemplo. Escolha lugares frescos e monte seu próprio kit, com água, medicações, etc. Por mais desbravador que você seja, organize-se. É importante planejar seu trajeto e destino final. Jornadas maiores ou não programadas podem gerar mal estar. Por fim, tenha sempre alguém com quem contar, caso precise de ajuda", lembra Simone Navarro, enfermeira.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Nomenclatura de Neoplasias

Esse artigo poderá ser útil para elucidar algumas dúvidas quanto à nomenclatura utilizada para denominar as neoplasias!

Publicado por: Luis Fernando Johnston Costa 
 

Regra geral para nomenclatura
       A nomeação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. Para os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo "oma" (tumor) ao termo que designa o tecido que os originou.
Exemplos:
tumor benigno do tecido cartilaginoso – condroma;
tumor benigno do tecido gorduroso – lipoma;
tumor benigno do tecido glandular – adenoma.
        Quanto aos tumores malignos, é necessário considerar a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor. Quando sua origem for dos tecidos de revestimento externo e interno, os tumores são denominados carcinomas. Quando o epitélio de origem for glandular, passam a ser chamados de adenocarcinomas. Já os tumores malignos originários dos tecidos conjuntivos ou mesenquimais será feito o acréscimo de "sarcoma" ao vocábulo que corresponde ao tecido. Por sua vez, os tumores de origem nas células blásticas, que ocorrem mais freqüentemente na infância, têm o sufixo "blastoma" acrescentado ao vocábulo que corresponde ao tecido original.
Exemplos:
Carcinoma basocelular de face – tumor maligno da pele;
Adenocarcinoma de ovário – tumor maligno do epitélio do ovário;
Condrossarcoma - tumor maligno do tecido cartilaginoso;
Lipossarcoma - tumor maligno do tecido gorduroso;
Leiomiossarcoma - tumor maligno do tecido muscular liso;
Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido hepático jovem;
Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem.      
Exceções
  1. Tumores embrionários Teratomas (podem ser benignos ou malignos, dependendo do seu grau de diferenciação), seminomas, coriocarcinomas e carcinoma de células embrionárias. São tumores malignos de origem embrionária, derivados de células primitivas totipotentes que antecedem o embrião tridérmico.
  2. Epônimos São tumores malignos que receberam os nomes daqueles que os descreveram pela primeira vez: linfoma de Burkitt, Doença de Hodgkin, sarcoma de Ewing, sarcoma de Kaposi, tumor de Wilms (nefroblastoma), tumor de Krukemberg (adenocarcinoma mucinoso metastático para ovário).
  3. Nomes complementares: Os carcinomas e adenocarcinomas podem receber nomes complementares (epidermóide, papilífero, seroso, mucinoso, cístico, medular, lobular etc.), para melhor descrever sua morfologia, tanto macro como microscópica: cistoadenocarcinoma papilífero, carcinoma ductal infiltrante, adenocarcinoma mucinoso, carcinoma medular, etc.
  4. Epitélios múltiplos Os tumores, tanto benignos como malignos, podem apresentar mais de uma linhagem celular. Quando benignos, recebem o nome dos tecidos que os compõem, mais o sufixo "oma": fibroadenoma, angiomiolipoma, etc. O mesmo é feito para os tumores malignos, com os nomes dos tecidos que correspondem à variante maligna: carcinossarcoma, carcinoma adenoescamoso, etc. Outras vezes encontram-se ter componentes benigno e maligno, e os nomes estarão relacionados com as respectivas linhagens: adenoacantoma (linhagem glandular maligna e metaplasia escamosa benigna).
  5. Sufixo indevido: Algumas neoplasias malignas ficaram denominadas como se fossem benignas (ou seja apenas pelo sufixo "oma") por não possuírem a correspondente variante benigna: melanoma, linfomas e sarcomas (estes dois últimos nomes representam classes de variados tumores malignos).
  6. Outros: Algumas vezes, a nomenclatura de alguns tumores escapa a qualquer critério histogenético ou morfológico: mola hidatiforme (corioma) e micose fungóide (linfoma não Hodgkin cutâneo).
Código Internacioal de Doenças
        Tentando uniformizar a nomenclatura tumoral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem lançado, em vários idiomas, edições da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Por ela, é possível classificar os tumores por localização (topografia) e nomenclatura (morfologia), dentro de códigos de letras e números, sendo usada por especialistas em todo o mundo. Os procedimentos oncológicos da APAC correlacionam-se com tumores classificados pelos códigos de C00 a C97 e D37 a D48, embora não obrigatoriamente todos os incluídos entre esses intervalos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O câncer me tirou da zona de conforto!


O câncer, ah o câncer, se fosse somente com ele que eu tivesse que lutar! Essa doença, desde que surgiu em minha vida, tirou-me totalmente da minha zona de conforto! Tirou-me do meu eixo de equilíbrio na verdade! Virou tudo de ponta cabeça: meus desejos, minhas escolhas, minha vida pessoal, social, profissional, tudo mudou... Parece que passou um tsunami com força total, arrastando tudo pelo caminho e, agora, cá estou eu, novamente, tentando me refazer, recomeçar, me recompor e aceitar esse novo EU...Às vezes sinto até uma sensação de tupor, parece que estou no automático, mas ao mesmo tempo, vem aquela vontade louca de uma vida nova, com tudo diferente! Haja força e coragem para tanta mudança....Mas como costumam dizer, depois da tempestade, vem a bonança! E sigo com a vida, sempre com a esperança de dias melhores!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Ósmio pode ser 50 vezes mais ativo que a platina, relatam pesquisadores!



Pesquisadores testemunharam - pela primeira vez - que as células cancerígenas são alvejadas e destruídas, por um composto organo-metal descoberto pela Universidade de Warwick.
O professor Peter J. Sadler e seu grupo no Departamento de Química demonstraram que o Organo-Osmium FY26 - que foi descoberto pela primeira vez em Warwick - mata as células cancerosas ao localizar e atacar sua parte mais fraca.
Esta é a primeira vez que um composto à base de ósmio - que é cinqüenta vezes mais ativo do que a platina - foi visto para direcionar a doença.
Mais da metade de todos os tratamentos de quimioterapia contra o câncer atualmente usam compostos de platina, que foram introduzidos há quase 40 anos, por isso há uma necessidade de explorar os benefícios que outros metais preciosos poderiam trazer.
Embora esta pesquisa foi realizada em células de cancro do ovário, os resultados inovadores são aplicáveis ​​a uma gama mais ampla de cancros.
FY26 mostrou ser mais selectivo entre células normais e células cancerosas do que a cisplatina - tendo um efeito maior sobre as células cancerosas do que sobre as saudáveis.
Professor Sadler comenta que esta pesquisa poderia levar a novos tratamentos de câncer: "Câncer drogas com novos mecanismos de ações que podem combater a resistência e têm menos efeitos colaterais são urgentemente necessários.
"O avançado feixe de raios-X nano-focalizado no ESRF não só nos permitiu localizar o local de ação do nosso novo fármaco candidato a Organo-Osmium FY26 em células de câncer em resolução sem precedentes, mas também estudar o movimento de metais naturais como o zinco E cálcio nas células.Esses estudos abrem totalmente novas abordagens para a descoberta de drogas e tratamento "
O grupo do professor Sadler, incluindo os pesquisadores Carlos Sanchez e Isolda Romero Canelon, obteve seus resultados com o dr. Peter Cloetens e seus colegas no ESRF em Grenoble, uma poderosa fonte de sincrotrão que emite feixes de raios X extremamente poderosos.
O Dr. Peter Cloetens comenta o processo: "Esses tipos de experimentos são normalmente realizados usando doses maiores do que o que seria feito na vida real ou em uma escala grosseira que não fornece uma imagem clara dos processos que ocorrem.No novo nano -imaging ID16A linha de luz, no entanto, combinando um foco muito apertado e alto fluxo, poderíamos ter uma imagem real de onde a droga vai em uma única célula usando real-vida farmacológica doses ".
A pesquisa, "Nanoprobe de fluorescência de raios X Synchrotron revela locais-alvo para complexo de Ósmio Organo em células de câncer de ovário humano", é publicado em Química - A European Journal .

História Fonte:
Materiais fornecidos pela Universidade de Warwick . Nota: O conteúdo pode ser editado para estilo e tamanho.

Referência do Diário :
  1. Carlos Sanchez-Cano, Isolda Romero-Canelón, Yang Yang, Ian J. Hands-Portman, Sylvain Bohic, Peter Cloetens, Peter J. Sadler. Nanoprobe da fluorescência do raio X do Synchrotron revela locais alvos para o complexo do Organo-Osmium em pilhas humanas do cancro do ovário . Química - A European Journal , 2017; DOI: 10.1002 / chem.201605911

Mitos e verdades sobre o câncer de ovário

A médica oncologista Ana Carolina Gifoni, membro do Comitê de Oncogenética da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e presidente ...