terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Mutação Genética nos genes BRCA1 e BRCA2.

Olá leitores, tudo bem com vocês? Comigo está tudo bem graças a Deus!
Lembram-se do caso da Angelina Jolie? Em razão de sua mãe ter tido câncer de ovário ela efetuou o exame para detectar a mutação genética nos genes BRCA1 e BRCA2 e, após a confirmação da mutação, ela decidiu retirar as mamas como prevenção a um futuro câncer de mama!
Como eu fui acometida com câncer de ovário aos 47 anos, a minha oncologista solicitou-me tal exame e, após mais de um ano tentando a aprovação do mesmo (em razão do alto custo) eu, finalmente, consegui realizá-lo.
Se for constatada a mutação nos genes eu também serei aconselhada a retirar as mamas!
Uma, em cada 5 mulheres com câncer de ovário possui a mutação e, assim, a mastectomia é indicada como medida preventiva para se evitar também um câncer de mama, cuja probabilidade disso acontecer é de mais de 80% !  Se o resultado for positivo, isso significa que o câncer é hereditário e minha irmã e sobrinhas também serão aconselhadas a realizar o exame!
Agora é aguardar, pois o resultado só sairá em março!


OLÁ LEITORES, SÓ PASSEI POR AQUI PARA DIZER QUE O MEU EXAME DEU NEGATIVO!


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Uma em cada cinco mulheres com câncer de ovário tem predisposição hereditária



Data: 22 de janeiro de 2014
Fonte: Universidade de Washington em St. Louis
Um novo estudo estima, conservadoramente, que uma em cada cinco mulheres com câncer de ovário herdou mutações genéticas que aumentam o risco da doença, de acordo com pesquisa da Universidade de Washington de Medicina em St. Louis.
A maioria das mulheres do estudo teria tido desconhecimento de uma predisposição genética para o câncer de ovário, porque não conheciam históricos familiares da doença.
A pesquisa, publicada em 22 de janeiro Nature Communications , é a primeira análise em grande escala das contribuições combinadas de mutações hereditárias e adquiridas em um importante tipo de câncer. As mutações herdadas por si só não são susceptíveis de causar câncer de ovário, mas pode conspirar com outras mudanças genéticas adquiridas ao longo da vida de uma mulher para fazer pender a balança para o câncer, segundo os pesquisadores.
Estudos anteriores que analisaram susceptibilidade hereditária ao câncer de ovário têm-se centrado em mulheres com história familiar conhecida da doença. Para o estudo atual, no entanto, os pesquisadores estudaram 429 mulheres com câncer de ovário que apareceram para desenvolver de forma esporádica, ou seja, as mulheres não têm conhecimento de antecedentes familiares da doença.
"Usando análise genômica avançado, verificou-se que 20 por cento das mulheres com câncer de ovário tinha herdado mutações em um gene que predispõe ca de mama e de ovário heredtários. Esse número parece bastante alto", explicou o autor sênior Li Ding, PhD, assistente diretor do Instituto Genoma da Escola de Medicina e membro do Siteman Cancer Center pesquisa. "Isso nos diz que precisamos encontrar melhores formas de rastrear as mulheres para o câncer de ovário, mesmo se eles não têm história familiar da doença."
O câncer de ovário atinge um número estimado de 22 mil mulheres anualmente. Seus sintomas são inespecíficos e incluem inchaço, dor pélvica e, frequentemente,  a necessidade de urinar. A maioria das mulheres não são diagnosticados até que o câncer se espalhou, levando a uma taxa de sobrevivência de 43% em cinco anos.
Mulheres com câncer de ovário em que o estudo não teria conhecimento da história familiar de câncer de mama ou de ovário ou síndromes raras, tudo o que pode aumentar as chances de desenvolver tumores ovarianos.  Entre as mulheres com idades entre 26 e 89,  90 por cento eram caucasianos.
Os pesquisadores da Universidade de Washington, incluindo primeiros autores Krishna Kanchi, Kimberly Johnson, PhD, e Charles Lu, PhD, realizaram uma análise genética do tumor de cada mulher e seu próprio DNA, com a retirada de uma amostra de pele. Por comparação de sequênciamento genético, foi possível identificar as mutações adquiridas em amostras de tumores individuais. Além disso, ao comparar amostras de DNA dos pacientes com o DNA de 557 mulheres que não tiveram câncer de ovário e serviram como controle, os pesquisadores encontraram mutações hereditárias.
Ao todo, os cientistas identificaram 222 variantes genéticas hereditárias que aumentam o risco de câncer de ovário. Alguns ocorrem em genes que já se sabe estarem associados a uma predisposição genética para o cancro do ovário, tais como BRCA1 e BRCA2, enquanto outros ocorrem em genes que nunca tenham sido ligados à doença.
As mutações hereditárias identificadas como parte do estudo envolveu grandes mudanças genéticas onde grandes blocos de seqüências que codificam proteínas foram truncados, ou encurtados, prejudicando a função de proteínas-chave, tais como aqueles que, normalmente, manter a divisão celular em cheque ou reparação de erros no DNA. Os cientistas também estão trabalhando para desenvolver novas abordagens experimentais para verificar ou descartar se outras, mais pequenas mudanças genéticas hereditárias que descobriram também estão ligados ao desenvolvimento de câncer de ovário.
"Com mais pesquisas, nós esperamos encontrar mutações adicionais ligados ao câncer de ovário hereditário", disse Ding. "Assim, 20 por cento é uma estimativa conservadora."
Vinte por cento das mulheres com câncer de ovário no estudo tinha herdado mutações em um caminho crítico de genes associados com anemia de Fanconi, uma doença da medula óssea rara, hereditária. Os genes nesta via estão envolvidos na reparação do ADN e têm sido associados a certos tipos de cancro, incluindo tumores da mama e do ovário.
Surpreendentemente, os investigadores descobriram que 37 por cento das mulheres com cancro do ovário tinham mutações herdadas ou adquiridas na via da anemia de Fanconi, um número muito elevado que indica o seu importante papel no desenvolvimento da doença, disse Ding. Mulheres com mutações hereditárias neste caminho também eram mais propensos a serem diagnosticados com câncer de ovário em uma idade mais jovem, a pesquisa mostra.
Um monte de genômica do câncer tem se concentrado tanto nas mutações hereditárias ou nas adquiridas durante a vida de uma pessoa, chamada de mutações somáticas. No entanto, a investigação que envolve o seqüenciamento tanto do tumor como em amostras normais dos mesmos pacientes, como neste estudo, dá aos cientistas a oportunidade de integrar os dados genéticos para ver como as mutações somáticas herdadas podem cooperar para causar câncer.
"Agora somos capazes de obter uma imagem mais completa da forma como o câncer se desenvolve em um paciente em particular", disse Ding. "São necessários mais estudos, mas nossas descobertas podem ter implicações importantes para o desenvolvimento de melhores estratégias de rastreamento para o câncer de ovário e de melhorar a detecção precoce."

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

50.000 acessos ao blog CANCER DE OVÁRIO: UM MAL SILENCIOSO.


Hoje, o blog Câncer de Ovário: Um mal silencioso, atingiu mais de 50.000 visualizações! Bem sei que, em um país com mais de 200 milhões de habitantes, isso possa significar muito pouco, mas estou muito feliz com esse resultado e agradeço a todos vocês que acessam o blog, buscando informações e desejando saber notícias sobre a minha recuperação.

É muito gratificante saber que, de alguma forma, minhas palavras chegaram em algum lugar e tocaram ou ajudaram alguém em algum momento complicado de suas vidas. O blog tem sido um dos melhores presentes da minha vida, pois através dele eu tenho recebido muito carinho e tenho tido a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, pelas quais sinto imenso afeto!

Mais do que um auxilio a quem já é portadora do câncer de ovário, o meu desejo com este blog é ALERTAR as mulheres para que se previnam e se cuidem, a fim de que esse câncer não faça novas vítimas! Desejo que as informações sobre a prevenção do câncer de ovário sejam divulgadas aos quatro cantos do mundo e, mesmo que muitas vezes isso pareça ainda impossível, posso afirmar com alegria que, mais de 10.000 acessos vieram de países como Portugal, Alemanha, Suíça, Suécia, Croácia, França, Noruega, Rússia, China, Japão, Índia, Indonésia, Malásia, Moçambique, EUA, Canadá, Argentina, Macau, Omã, e outros! Afinal, "O mal só triunfa quando as pessoas de bem não fazem nada!"

Muito obrigada a todos que leem e compartilham as minhas postagens, que as comentam e que tem ajudado a construir a minha estória, ou melhor dizendo, a nossa estória!

Um forte abraço.


Nanci BV

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Exercício físico ajuda na recuperação de pacientes com câncer!


Mesmo quando eu ainda estava em tratamento quimioterápico, eu procurava caminhar diariamente e, após algum tempo, conforme fui recuperando as minhas forças, além das caminhadas, comecei a realizar exercícios leves com aparelhos. Tais exercícios me ajudavam com a neuropatia periférica, consequência da quimioterapia.
Atualmente, para perder os quilos a mais que adquiri com o tratamento, estou praticando natação e pilates, duas vezes por semana, e percebo muito mais disposição, inclusive para trabalhar! Além de fortalecer o corpo, a atividade física me mantém mais relaxada e revigorada! É tudo de bom!

Muitos estudos mostram um que exercícios têm grandes poderes sobre o tratamento do câncer e de sua recuperação. Para os pacientes que passaram por tratamentos de câncer de mama ou cólon, o exercício regular foi apontado como principal fator para reduzir a recorrência da doença em até 50%.

Apesar disso, de acordo com um estudo da clínica Mayo e publicado no Journal of Pain and Symptom Management, muitos pacientes com câncer relutam em se exercitar e poucos discutem o assunto com seus oncologistas.

"Como médicos, sempre dizemos aos pacientes que o exercício é importante, mas ninguém havia estudado o que eles realmente sabem sobre isso, como eles se sentem em relação a isso e como fazem a escolha do melhor caminho", disse a autora do estudo Andrea Cheville.

O estudo faz parte de uma série de investigações que procuram explicar como a prática de exercícios entre os pacientes com câncer pode ser benéfica. Os pesquisadores descobriram que os pacientes que se exercitavam regularmente antes do diagnóstico eram mais propensos a manter a rotina do que aqueles que não o faziam. Atividades básicas como jardinagem, por exemplo, foram consideradas suficiente, mesmo com o fato de a maioria dos pacientes não perceberem que atividades diárias tendem a exigir o mínimo de esforço.

"A maioria não estava ciente de que a inatividade pode contribuir para o enfraquecimento do corpo e maior vulnerabilidade a problemas, incluindo sintomas de câncer", disse Andrea. Além disso, os pesquisadores descobriram que os pacientes levaram o conselho do exercício mais a sério quando ele vinha diretamente de seu oncologista.

"Geralmente os pacientes não recebem conselhos concretos sobre como o exercício pode ajudar a manter a funcionalidade e melhorar os resultados", acrescentou.

O exercício pode melhorar a mobilidade dos pacientes, permitindo-lhes desfrutar de atividades e evitar que eles fiquem isolados em suas casas. Ele pode contribuir para sentimentos gerais de força e segurança física, fadiga qualidade do sono.

Os pesquisadores planejam investigar a melhor forma de passar a mensagem sobre como o exercício é significativo para os pacientes para o alívio dos sintomas e agilidade na recuperação.

Minha dica é: Mexa-se, não fique parado, procure uma atividade física de que goste, pois isso lhe dará muito mais vigor, força e resistência.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Vacina para prevenção de câncer de colo de útero será distribuída no SUS

11 de Janeiro de 2014 às 08:29

Por Jovem Pan

O Ministério da Saúde recebeu o primeiro lote da vacina contra HPV para imunizar meninas entre 11 e 13 anos em 2014. As 4 milhões de doses para prevenir contra o câncer de colo de útero começarão a ser distribuídas em março no Sistema Único de Saúde.

A partir de 2015, a vacina contra o papiloma vírus será oferecida também para meninas de 9 e 10 anos de idade. Foram compradas 15 milhões de doses da vacina para este ano, quantidade suficiente para que 5 milhões de pré-adolescentes sejam imunizadas.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressalta que o custo da vacina contra o HPV é de mil reais diante da necessidade de três doses por paciente. Ele afirma ainda que haverá orientação especial para o público-alvo.

O Ministério da Saúde investiu R$ 465 milhões na compra da vacina em  parceria com o Instituto Butantan. O presidente da Fundação Butantan, Jorge Kalil, explica que a intenção é fabricar a dose contra o HPV no Brasil.

O câncer do colo do útero é o que registra a segunda maior incidência nas mulheres, perdendo apenas para o de mama. O HPV é capaz de infectar a pele ou mucosas e possui mais de 100 tipos, dos quais 13 tem potencial para causar câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV.

ANS obriga planos a cobrir mais 37 drogas orais indicadas para tratamento de 56 tipos de câncer!

A partir do dia 02 de janeiro de 2014, usuários de planos de saúde terão direito a receber 37 drogas orais indicadas para o tratamento de 56 tipos de câncer. Também poderão fazer uma série de exames genéticos para detectar risco de doenças hereditárias ou de câncer.

As novidades constam do novo rol de procedimentos e exames obrigatórios aos planos de saúde, atualizado a cada dois anos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O novo rol é a base mínima de procedimentos que as operadoras de planos de saúde são obrigadas a fornecer aos seus beneficiários. As novas regras também incluem a obrigatoriedade da cobertura da radioterapia IMRT, em que o feixe de luz é modulado e atinge apenas as células doentes, preservando as sadias. Também está incluída a ampliação da indicação do PET-Scan de três para oito tipos de câncer. Esse exame de imagem é um dos mais modernos para monitoramento da doença.

Medicação oral. O fornecimento da medicação oral contra o câncer era uma das demandas mais antigas dos usuários de planos e dos médicos. Essas drogas funcionam como um tipo de quimioterapia, são mais modernas, causam menos efeitos colaterais e podem ser administradas em casa, evitando gastos com internações hospitalares.

Até o final de 2013, os pacientes tinham de recorrer à Justiça para ter direito ao tratamento com essas drogas. Agora, além das regras da ANS, uma lei aprovada em outubro também torna obrigatória essa cobertura pelos planos de saúde. A lei engloba todos os tipos de medicamentos e não apenas os 37 previstos no novo rol e passará a valer em maio deste ano.

Os planos terão de pagar, por exemplo, o tratamento com capecitabina (Xeloda), indicada para o tratamento de câncer de mama metastático. Cada caixa custa em média R$ 2,5 mil. Também está garantida a obrigatoriedade do fornecimento de acetato de abiraterona (Zytiga), usado para câncer de próstata, que custa cerca de R$ 11 mil. O gefitinibe (Iressa), para câncer de pulmão, custa R$ 4 mil.

"A ANS se adiantou à lei federal e já tornou obrigatório o fornecimento dessa medicação oral a partir de 2 de janeiro", diz Karla Coelho, gerente de Atenção à Saúde da ANS.

Genética. A oferta de exames genéticos já era prevista, mas quase nunca cumprida por falta de diretrizes que estabelecessem em quais casos os exames teriam de ser cobertos. Agora, a análise genética de 29 doenças específicas, entre elas a dos genes BRCA 1 e BRCA2 (que indicam risco aumentado de câncer de mama), está incluída no rol. Mas os exames só podem ser pedidos por médicos geneticistas - o que limita a sua abrangência, já que existem apenas cerca de 200 no Brasil.

Para o advogado Julius Conforti, especialista em direitos dos consumidores de planos de saúde, apesar de o novo rol ser um avanço, ele chegou tardiamente e com limitações. "A inclusão da cobertura obrigatória para os quimioterápicos orais já deveria ter sido feita há pelo menos dez anos. Ampliar a cobertura dos testes genéticos, mas estabelecer que somente geneticistas possam prescrevê-los tem quase o mesmo efeito de não incluí-los no rol", avalia.

Segundo Karla, a inclusão dos novos procedimentos ocorreu depois de uma série de reuniões com operadoras de planos, prestadores de serviços e órgãos de defesa do consumidor. Os consumidores tiveram grande participação nas contribuições: das 7.340 sugestões enviadas por meio de consulta pública, praticamente metade era de consumidores.

Mensalidades. Tornar obrigatória a inclusão de novas coberturas pelos planos de saúde pode ter um impacto direto nos valores das mensalidades dos planos, especialmente depois de um ano, quando é possível avaliar com precisão qual foi a sinistralidade dos planos nos últimos 12 meses.

"Vamos acompanhar o impacto da medida nas mensalidades. Na última revisão, o impacto foi de 0,77%. Uma cirurgia por vídeo custa mais do que a convencional, mas reduz o tempo de internação", diz Karla Coelho, gerente de Atenção à Saúde da ANS.

A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) disse em nota que deveria haver um ajuste imediato dos valores das mensalidades para compensar o aumento dos custos para as operadoras. Para a entidade, isso poderá agravar a elitização da saúde suplementar.




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Novo tratamento elimina câncer do pâncreas em seis dias e, se bem-sucedido, o tratamento também poderá ser usado em outros tipos de tumores sólidos, como no de ovário.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, dizem ter descoberto um tratamento que poderia eliminar o câncer de pâncreas em cerca de uma semana.
Após identificarem como funciona a barreira protetora que circunda os tumores, os cientistas desenvolveram uma droga que consegue rompê-la, permitindo que o sistema imunológico do corpo mate as células cancerígenas.
Testes iniciais do tratamento - que consiste em doses do medicamento combinadas com uma substância que potencializa a ação das células de defesa do organismo - resultaram na eliminação quase total do câncer em camundongos em seis dias.
As conclusões foram divulgadas na publicação científica americana PNAS. De acordo com a Universidade de Cambridge, é a primeira vez que um resultado como esse é alcançado em pesquisas sobre o câncer de pâncreas.
Caso seja bem-sucedido, o tratamento também poderia ser usado em outros tipos de tumores sólidos - como em casos de câncer de pulmão e câncer de ovário.
O câncer de pâncreas, um dos mais letais, é a oitava causa mais comum de mortes por câncer no mundo. Ela afeta homens e mulheres igualmente e é mais frequente em pessoas com idade acima dos 60 anos.
De acordo com o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, a doença deixou mais de 7,7 mil mortos no Brasil em 2011.
A nova pesquisa, liderada pelo professor Douglas Fearon, observou que a barreira em volta das células do câncer é formada pela proteína quimiocina CXCL12, que é produzida por células especializadas do tecido conjuntivo - responsável por unir e proteger os outros tecidos.
A proteína envolve as células do câncer e forma uma espécie de escudo contra as células T - que fazem parte do sistema de defesa do organismo.
O novo tratamento impede que as células T interajam com a proteína CXCL12. Dessa forma, o "escudo" deixa de funcionar e as células conseguem penetrar no tumor.
"Ao permitir que o corpo use suas próprias defesas para atacar o câncer, essa solução tem o potencial de melhorar muito o tratamento de tumores sólidos", disse Fearon.
De acordo com a Universidade de Cambridge, ainda não há data para testes clínicos em seres humanos.
Por apresentar poucos sintomas em seus estágios iniciais, o câncer pancreático costuma ser diagnosticado somente em estágio mais avançado. O fundador da Apple, Steve Jobs, e o ator americano Patrick Swayze estão entre as vítimas famosas da doença.
fonte: BBC Brasil 09/01/14

sábado, 11 de janeiro de 2014

APRENDA A IDENTIFICAR 14 SINTOMAS DO CÂNCER

Certas mudanças no organismo podem ser um alerta para o desenvolvimento de tumores. Veja como identificar os principais sintomas para barrar a evolução do câncer na saúde da mulher.

1-Sangue na urina
O sintoma é mais frequente em mulheres com infecção urinária, que tenham sofrido trauma na região abdominal, e em esportistas. Entretanto, também pode aparecer em cânceres ginecológicos ou do trato urinário em estado avançado. “Nos tumores ginecológicos, pode acontecer do tumor crescer, comprimir e lesionar os tecidos próximos ao útero. Já nos tumores urinários, como bexiga e rins, o tumor pode crescer lesionar tanto tecidos próximos quanto à própria uretra, o que provoca sangramento”, pontua Fuser Jr. Nesse caso, o ideal é não postergar e procurar um ginecologista ou urologista imediatamente.

2- Cansaço
A fadiga é um sintoma inespecífico e pode estar relacionado a muitas doenças, de gravidades variadas. Na mulher, o cansaço pode ocorrer em situações de traumas emocionais a estresse no trabalho. “No caso do câncer, o cansaço costuma aparecer quando a doença está em estado avançado. Ele ocorre porque o organismo  está debilitado,”, sintetiza o oncologista. A fadiga também pode ocorrer em estágios iniciais de leucemia, câncer de cólon ou estômago. Sendo assim, é indicado procurar um clínico geral para um check-up e ficar atenta a sintomas paralelos.

3-Mudança nas mamas
É um sintoma de alerta para o câncer de mama, mas outras doenças podem se manifestar desta maneira, como mastite, abscessos, fibromas e cistos. “A avaliação clínica de um médico é fundamental, pois também pode haver mudança da densidade mamária pelo ciclo menstrual e gestação”, esclarece Tiago Kenji Takahashi, oncologista do Hospital Santa Paula (SP). Em caso de câncer, a característica principal é ser um nódulo de crescimento progressivo, e endurecido. Pode ainda ocorrer vermelhidão e ulceração de pele. “Além dos sintomas locais, o câncer pode ter manifestação sistêmica, como inchaço em gânglios axilares, no pescoço, dor óssea e emagrecimento. Sendo assim, o ideal é procurar um mastologista, ginecologista ou oncologista clínico”, completa o especialista.

4- Tosse com sangue
É um sintoma típico de tuberculose, mas também pode significar câncer numa área específica do pulmão. “O tumor na luz do brônquio provoca atrito e machuca, levando ao sangue”, justifica o oncologista Takahashi. Nesse caso, procure um médico imediatamente. Ele provavelmente solicitará radiografia e uma broncoscopia (espécie de endoscopia do brônquio) para tirar a dúvida.

5- Dificuldade de engolir
É um sintoma relacionado a várias causas “benignas”, como faringite, aftas ou infecção de vias aéreas. Mas quando se torna persistente, o ideal é correr para um otorrinolaringologista, que pode solicitar endoscopia ou raio-x. “O problema pode ser indício de câncer de esôfago, órgão muscular que fica entre a boca e o estômago. Inicialmente, a doença se manifesta por dificuldades em engolir alimentos sólidos. Depois são os pastosos até evoluir para líquidos”, descreve Leandro Ramos, oncologista da Oncomed BH (MG). O câncer de faringe é comum em tabagistas, que precisam fazer endoscopias periódicas para conseguir diagnosticar o problema precocemente. Esse sintoma também pode ocorrer em câncer da tireoide.

6- Placas na boca
“Aftas” que não saram ou placas esbranquiçadas ao longo da boca devem ser investigadas. Elas são indícios de câncer de boca ou de leucoplaquia, que pode caminhar para a doença. “As placas são pré- -malignas e tratáveis. Podem ser identificadas por um dentista ou pelo otorrinolaringologista”, sugere Ramos. O câncer de boca pode ainda vir acompanhado de outro sintoma: ínguas no pescoço. Fique atenta!

7- Tosse persistente
Gripe, resfriado, alergia e até sintomas colaterais de certos fármacos podem provocar tosse. Mas se ela durar mais de três semanas, é hora de procurar um pneumologista. Isso porque pode estar ocorrendo uma inflamação pulmonar de origem benigna ou um câncer no órgão. “O câncer de pulmão é assintomático. Quando ocorre a tosse, é porque ele está em estágio avançado”, ressalta Leandro Ramos. “Para completar, corre-se o risco de o câncer não ser primário, mas sim uma metástase da doença de outra região, como cólon.”

8- Gases
Problemas digestivos, Síndrome do Intestino Irritável e Doença de Chron estão relacionados ao estufamento após as refeições. Entretanto, o aumento na produção de gases também é sintoma de câncer no estômago ou fígado, vesícula e pâncreas, ou mesmo de ovário. “Se o sintoma é diferente do que ocorre habitualmente, se há dor, perda de apetite e emagrecimento, pode ser um caso de câncer”, diferencia Gadia. O médico responsável pelo diagnóstico será o gastroenterologista.

9- Dor
A dor é um sinal de que algo não vai bem com o organismo. Mas assim como a febre, ela é sintoma de inúmeras doenças benignas. Como sintoma oncológico, pode aparecer generalizada ou local. “E nem sempre a dor corresponde a um tumor no local em que aparece. O tumor pode crescer próximo a um determinado nervo, por exemplo, provocando reflexo. Há ainda casos de câncer no abdome que comprime a coluna e causa dor nas costas”, diferencia o oncologista. Procurar um clínico geral é o primeiro passo para descobrir o que está ocorrendo no organismo. Caso a dor seja localizada, procure um médico específico. Por exemplo, dor no joelho merece a visita a um ortopedista, no abdome, um gastroenterologista, e assim por diante.

10 -Alterações na pele
Inflamações, infecções, alergias e reações a medicamentos podem provocar alterações na pele. Mas se a mudança durar algumas semanas após ser notada, vale a pena procurar um dermatologista para investigar a causa. “Além dos tumores de pele, praticamente todos os tumores sólidos podem progredir e apresentar uma manifestação na pele, mas não é comum. Tumor de mama, colón, pulmão, hematológicos, linfomas e leucemias são alguns deles”, lista Ana Paula Garcia Cardoso, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). Há ainda lesões que acompanham o câncer, mas não são propriamente a doença. São as chamadas síndromes paraneoplásicas. “Essas manifestações são diversas. Desde uma vermelhidão na pele, um processo inflamatório, até uma ulceração ou edemas que não passam despercebidos”, alerta a médica.

11- Alargamento dos linfonodos
Os linfonodos — ou gânglios linfáticos — são pequenos órgãos que existem em toda a rede linfática, como pescoço, axilas e na região acima das clavículas. Seu alargamento pode indicar infecções ou neoplastias. “Eles também podem ser dolorosos, endurecidos, aderidos a planos profundos e crescer rapidamente. Essa manifestação é frequente em tumores de mama, de cabeça e pescoço, de intestino ou estômago, colo de útero, em leucemias e linfomas, mas podem aparecer em todos os tumores”, explica Ana Paula. Se a doença persistir procure um hematologista, que possivelmente indicará uma biópsia.

12- Febre
É um sintoma de inúmeras doenças, raramente malignas. Contudo, também está presente no diagnóstico de leucemias, linfomas e tumores sólidos com metástases no fígado. “A febre é persistente e pode aparecer apenas uma vez ao dia. Acompanha sudorese profusa e perda de peso”, orienta a oncologista. “Se a febre persistir, marque uma consulta com um clínico geral ou infectologista para uma investigação mais detalhada”, indica.

13- Sangue nas fezes
Fissuras anais e hemorroidas causam o problema, que também é sintoma de câncer de estômago, cólon ou reto. “O próprio  crescimento do tumor provoca o sangramento. Fica uma espécie de  ferida que pode ter contato com as fezes, ocasionando um quadro infeccioso”, explica Rodolfo Gadia, oncologista do Centro Oncológico do Triângulo (MG). O ideal é procurar um gastroenterologista ou mesmo um proctologista imediatamente, que poderá solicitar uma colonoscopia para investigar a região.

14 - Sangramento vaginal anormal associado a dor pélvica persistente
É o sintoma mais comum de câncer ginecológico: excesso de fluxo menstrual, sangramento entre as menstruações e após o ato sexual podem estar associados a câncer de colo uterino, câncer uterino, de endométrio e de ovário.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

'Bolinhas grudentas' podem impedir metástase do câncer

fonte: BBC - 07/01/14
Pesquisadores americanos realizam testes preliminares de tratamento que mata células do tumor na corrente sanguínea.
Experimento causou a morte de células de câncer na corrente sanguínea. (Foto: AP Photo)
Estudos preliminares sugerem que 'bolinhas grudentas' desenvolvidas por cientistas podem destruir células cancerígenas no sangue, impedindo que a doença se espalhe.
O estágio mais perigoso - e frequentemente fatal - de um tumor é a metástase, quando ele se espalha pelo corpo. Cientistas na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, desenvolveram nanopartículas que permanecem na corrente sanguínea e matam células do câncer ao ter contato com elas.
Os resultados da pesquisa foram divulgados na publicação Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Os cientistas afirmam que o impacto do tratamento é 'dramático', mas que 'há muito trabalho a ser feito'.
Um dos principais fatores da expectativa de vida após o diagnóstico de câncer é se o tumor se espalhou ou não. 'Cerca de 90% das mortes por câncer estão relacionadas com metástases', disse o professor Michael King, responsável pelo estudo.
Agentes
A equipe de Cornell criou nanopartículas que transportam a proteína Trail (que também significa 'trilha'), que tem a capacidade de matar o câncer e já era utilizada em tratamentos experimentais, além de outras proteínas 'grudentas'.
Quando estas pequenas esferas eram injetadas no sangue, se agarravam aos leucócitos, ou células brancas. Testes mostraram que na corrente sanguínea, os leucócitos 'esbarravam' com as células cancerígenas que se desprendiam do tumor principal e viajavam pelo organismo.
Mas as células de câncer morriam em contato com a proteína Trail, grudada nas células brancas. 'Os dados mostram um efeito dramático: não é só uma pequena mudança no número de células de câncer', disse King à BBC.
'Os resultados na verdade são extraordinários, em sangue humano e em camundongos. Após duas horas de fluxo sanguíneo, elas (as células do tumor) desintegraram-se literalmente.'
King acredita que as nanopartículas poderão ser usadas antes da cirurgia ou da radioterapia, que podem resultar em células se desprendendo do tumor principal. O tratamento também poderia ser usado em pacientes com tumores muito agressivos, para prevenir que eles se espalhem.
No entanto, ainda é necessário realizar diversos testes de segurança em camundongos e animais maiores para que aconteça um teste clínico em humanos. 'Há muito trabalho a fazer. Ainda é preciso fazer muitas descobertas antes de que isto possa beneficiar os pacientes', afirmou King.
Até agora, os dados indicam que o sistema não tem um 'efeito dominó' no sistema imunológico e não danifica outras células sanguíneas ou o revestimento dos vasos sanguíneos.

Mitos e verdades sobre o câncer de ovário

A médica oncologista Ana Carolina Gifoni, membro do Comitê de Oncogenética da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e presidente ...