segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Descoberto gene Helq ligado ao risco de câncer de ovário em ratos


By Dr Katie Howe

Pesquisadores identificaram um gene em ratos que, se defeituoso, aumenta as chances de desenvolvimento de câncer de ovário.
Um estudo do autor sênior, Dr. Simon Boulton, do London Cancer Research Institute UK, disse: "Nossos resultados mostram que, se há problemas com o gene Helq em ratos, isso aumenta a chance deles desenvolverem cancer ovariano e outros tumores".
O gene Helq é importante para a reparação de quaisquer danos ao ADN que pode ocorrer quando o DNA é replicado durante a divisão celular. Em camundongos, onde Helq estiver faltando ou com defeito, o dano ao DNA pode se acumular, o que aumentam as chances de desenvolvimento de um tumor.
O estudo mostrou que os ratos em que faltavam ambas as cópias do gene Helq eram duas vezes mais propensos a desenvolver tumores ovarianos e também mostrou sinais de infertilidade. Houve também um aumento dos tumores observados em camundongos que haviam perdido uma das duas cópias do Helq.
"Esta é uma descoberta animadora, porque isso também pode ser verdade para as mulheres com erros em Helq, e o próximo passo será ver se este é o caso", disse o Dr. Boulton. 'Se ela desempenha um papel semelhante em seres humanos, isso pode abrir a possibilidade de que, no futuro, as mulheres poderiam ser rastreados para erros no gene Helq que pode aumentar o risco de câncer de ovário.
O câncer de ovário é o quinto câncer mais comum em mulheres no Reino Unido, com um risco de vida de uma em cada 50. No entanto, este risco pode aumentar em mulheres com uma história familiar de cancro de mama ou do ovário.
Julie Sharp, gerente sênior de informação científica do Cancer Research UK , disse que o estudo reuniu indícios de uma série de experiências para a construção de uma imagem de falhas de células que podem levar ao câncer de ovário em mulheres.
"O câncer de ovário pode ser difícil de ser diagnosticado em um estágio inicial e ser tratado com sucesso, assim, quanto mais sabermos sobre as causas da doença, melhor equipados estaremos para detectar e tratar isso", observou. No Reino Unido, cerca de 7.000 mulheres são diagnosticadas com câncer de ovário todos os anos, e cerca de 4,3 mil pessoas morrem da doença.
O estudo foi publicado na revista Nature .

5 comentários:

  1. Oi Nanci! Como a medicina está evoluindo cada vez mais! Muito legal vc postar tudo q encontra sobre a doença. Uma gracinha de pessoa. Bj Beth

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    Respostas
    1. Oi Nanci.
      Mesmo sabendo de tudo isso, vc acha q houve algum avanço ? O que seria? Falo da parte de prevenção.

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    2. Olá leitor (a),
      Estive no programa Mulheres com o Dr. Levon, do Hospital AC Camargo, e o mesmo foi taxativo ao afirmar em rede nacional que o que temos atualmente são exames "meia boca" para prevenção do câncer de ovário! Isso é no mundo todo e não somente no Brasil! Ainda não foi descoberto um exame efetivo, como a mamografia para detecção do câncer de mama, para a detecção precoce do câncer de ovário. Existem muitas pesquisas em andamento, mas esses novos métodos estarão disponíveis somente daqui há uns cinco anos, isso numa previsão bem otimista! O que é recomendado atualmente é consultar o ginecologista anualmente e, em caso de suspeita, além dos exames de praxe, recomenda-se ultrassonografia com doppler colorido, associada com o marcador tumoral CA125! O papanicolau convencional não detecta câncer de ovário, ele somente detectaria se o material passasse por um sequenciamento genético para detectar mutações genéticas, onde seria possível uma detecção precoce, mas isso encareceria demasiadamente o exame. Já existem pesquisas testando a efetividade desse método. O jeito é torcer para que um novo método efetivo surja para uma detecção precoce do câncer de ovário!
      Beijos.
      Nanci

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    3. Beth,
      Infelizmente, os métodos atuais, tanto para prevenção, quanto para tratamento do câncer de ovário continuam precários. O tratamento ainda que evoluiu nos últimos 10 anos, pois foi incluído no protocolo de tratamento a cirurgia citorredutora, que associada à quimioterapia aumenta a expectativa de vida ou proporciona até a cura, dependendo do estadiamento do tumor. Não é a toda que este continua sendo um dos canceres ginecológicos que mais fazem vítimas no mundo. Dessa forma, procuro sempre por novidades, compartilhando-as com as leitoras desse blog.
      Beijos.

      Nanci

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  2. Beijos Nanci. Obrigada pelo carinho. :o )

    Beth

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