terça-feira, 16 de julho de 2013

Novo tratamento pode atrasar a reincidência do câncer de ovário

Um tratamento atrasa por quase seis meses a reincidência de câncer de ovário avançado em pacientes que haviam sido tratadas com sucesso, segundo um teste clínico divulgado em 1º de junho, na cidade americana de Chicago.
Apesar do sucesso de um primeiro tratamento com cirurgia e quimioterapia, o câncer de ovário reaparece em 70% das pacientes, metade das vezes durante o ano posterior ao tratamento.
"O teste clínico mostra que, ao fim, temos um tratamento que pode prolongar o controle do crescimento do tumor", assinala Andreas du Bois, professor de ginecologia na clínica Essen Mitte, em Essen, Alemanha, principal autor do estudo.
"Se o pazopanibe [comercializado sob o nome Votrient] for aprovado pelas autoridades médicas para tratar o câncer de ovário, uma grande quantidade de pacientes terá um maior período de remissão, e sem um novo tratamento ou quimioterapia", explica o oncologista, que apresentou os resultados na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), reunida em Chicago dias atrás.
Enquanto o câncer não reaparece, as pacientes têm que se submeter a tratamentos agressivos, aponta o pesquisador, segundo quem ainda não existem provas que permitam prever uma reincidência ou não do tumor. O Votrient, medicamento administrado por via oral, ataca várias funções moleculares do tumor, entre elas sua capacidade de desenvolver vasos sanguíneos para se alimentar.
Os pesquisadores estudaram 940 pacientes para este teste clínico, metade delas escolhida aleatoriamente para tomar, por 24 meses, o Votrient, e, as demais, um placebo. Todas as pacientes foram operadas e submetidas à quimioterapia para impedir a evolução do câncer. Após dois anos de observação, os pesquisadores constataram que o tempo médio de sobrevivência sem evolução do câncer havia sido de 18 meses no grupo do Votrient, e 12,3 meses no grupo de controle.
O Votrient já foi aprovado pela Agência de Medicamentos e Alimentos americana (FDA), para o tratamento do câncer renal e o sarcoma dos tecidos moles.
Não existe terapia de manutenção, no mercado americano, contra o câncer de ovário, que, em estágio avançado, é uma doença agressiva, com taxa de cura -- cinco anos sem reincidência -- de 20% a 25%. O câncer de ovário é a quinta causa de morte por câncer entre as mulheres em países desenvolvidos.



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