Bem sei que adoecer é uma experiência única, contudo, no que se refere às reações emocionais, tais como ansiedade, angústia, medo da possibilidade de morte, dúvidas, incertezas por desconhecimento, insegurança, diminuição da auto-estima, sentimentos de perda pós-cirúrgica, impotência pelas alterações nas atividades sociais, laborativas e de lazer, as mesmas estão presentes em todos nós, pacientes com câncer.
Lidar com tudo isso não foi fácil, mas a medida que o tratamento foi transcorrendo, as quimioterapias, as cirurgias, naturalmente, o meu foco acabou sendo desviado da doença em sí, para outras coisas em minha vida!
Como se costuma dizer, olhe ao seu redor e verá que você não é o único a sofrer, que o seu problema não é o maior dos problemas, que a sua dor não é a maior das dores...
Se olhar ao seu redor, sempre encontrará pessoas precisando da sua ajuda, da sua solidariedade, talvez de um sorriso sincero, de um pouquinho só da sua atenção, do seu respeito, ou de uma conversa onde predomine um tom de voz afetuoso. Carinho, atenção, respeito e um sorriso, podem muitas vezes fazer milagres, e atenuar dores profundas. De vez em quando, habitue-se a dar uma conferida ao seu redor e perceberá o quanto o seu "problema" se tornará pequeno!
Olá amiga, gostei muito do texto Nanci,
ResponderExcluirMe fez pensar que mesmo nós que estamos em meio a um turbilhão de emoções, dores, medos (muitas vezes nos sentimos sugadas e sem condições de dar algo pra alguém),mesmo assim temos sentimentos bons pra repartirmos com outras pessoas. Isto na verdade nos ajuda a tirarmos um pouco o foco da doença e repartindo bons sentimentos, palavras, gestos, isto tudo volta pra nós. É sempre um movimento de mão dupla.
Bjs e que abril venha repleto de dias ensolarados, com muita disposição e realmente abençoados!!
Elenice
Olá Elenice, tudo bem?
ExcluirFoi exatamente isso que imaginei quando escrevi o texto! Estive no AC Camargo na semana passada e vi uma moça em uma cadeira de rodas, ou melhor dizendo, estava na cadeira somente o que restara do que já tinha sido um corpo (o que sobrou da cintura para cima)! Percebi que havia uma pequena caixa coletora abaixo do assento, que era conectada a essa moça! Foi isso que me motivou a escrever o texto, pois fiquei imaginando todo o sofrimento pelo qual ela deva ter passado e esteja passando! Isso me fez perceber o quão injusta e ingrata eu sou às vezes!
Beijos querida e uma ótima semana!
Nanci