terça-feira, 5 de março de 2013

Hoje, meu querido Baby se foi...


Em outubro de 2007, minha sobrinha pediu de presente do dia das crianças uma calopsita, então,  eu e meu marido  encomendamos de um criador uma calopsita, para atender ao desejo dela! De última hora, ela nos ligou e nos disse que não queria mais um passarinho, e sim um cachorrinho! Como já tínhamos encomendado o bichinho, decidimos adotá-lo! Era ainda bebê e tivemos que alimentá-lo no bico por mais de dois meses. Ele ficava em uma caixa de papelão, com aqueles olhinhos e bico arregalados pedindo comida e decidimos chamá-lo de Baby. Foram mais de 2 meses sem sair de casa, dando comida no bico para o nosso bebê de 2 em 2 horas, era um trabalhão! O nosso bebê foi crescendo e era impressionante tamanha inteligência: cantava, dava beijinho, dançava abanando o rabinho, falava baby baby baby, conversava com a gente (na linguá dele é claro), prestava atenção em tudo o que falávamos, levantava a portinha da gaiola dizendo que queria sair, pulava do meu ombo para o ombro do meu marido, adorava chamar a atenção e fazer gracinhas, principalmente em público, era super carinhoso e me fazia cafuné no cabelo (quando eu ainda tinha cabelo). Ele gostava sempre de ficar comigo e com o meu marido juntos, ele piava me chamando e só quando eu chegava e ficávamos nós três juntos é que ele ficava sossegadinho, fazendo um barulhinho com o biquinho. Tomávamos café da manhã juntos, assistíamos TV à noite juntos...Era só alegria, pois ele interagia conosco e retribuía todo o nosso carinho, era quase humano, sem mentira! Em setembro de 2011, do nada, ele adoeceu, ficamos arrasados, levamos em quatro veterinários, fizemos vários exames e ninguém descobriu o que ele tinha. Todo aquele brilho que ele tinha no olhar se foi, mas ele continuava lutando pela vida e nos proporcionando, na medida do possível, alguma alegria. Em dezembro do mesmo ano fui diagnosticada com câncer! Coincidência ou não, parece que ele já tinha pressentido que eu estava doente e por isso adoeceu!
Cuidei dele por um ano e meio, dediquei a ele todo o meu amor, todo o meu carinho em retribuição a tanta alegria que ele me proporcionava. O Baby foi uma das melhores coisas que surgiu em minha vida.
Durante os meus dias de internação, ele foi um tremendo companheiro para o meu marido, que me contava que o Baby chegava a querer conversar com ele, como que querendo consolá-lo. Era quase assustador! Não me esqueço da alegria do Baby quando retornei do hospital, ele chegou a gritar de tanto contentamento! Foi emocionante!
Sempre que saíamos de casa, ao retornarmos, dava para ouví-lo já da esquina gritando, pois ele já sabia que estávamos chegando!
Nas últimas duas semanas ele piorou bastante,  já não comia, já não cantava, não tinha forças nem para ficar no poleiro. Só queria ficar no meu colo. Levamos ao veterinário, dei inalação, remédio, carinho, comida por sonda, mas não adiantou.
Costumo acordar às 7h00 e hoje, às 5h00 da manhã, pulei da cama assustada e corri para vê-lo na gaiola. Senti como se ele estivesse me chamando e eu já o encontrei  agonizante. Acredito que ele não queria morrer sozinho coitadinho! Peguei-o na mão e ele ainda teve forças para se aconchegar em meu peito! Olhou-me, com os seus olhinhos semiabertos, como quem está se despedindo e ficou assim quietinho, imóvel... Às 6h30, ele começou a esticar as asas e o pescoço, como se fossem espasmos, e, finalmente, ele se foi. Pude sentir sua vida se esvaindo em minhas mãos! Parece exagero, mas sinto que um pedacinho de mim se foi com ele, pois acredito que eu tenha transferido todo o meu instinto maternal para essa pequena criatura que me deu tanta alegria! Vá em paz Baby, te amo demais! Vai ser muito difícil ficar sem você meu bebê!

5 comentários:

  1. Oi Nanci ,de fato esses amigos de penas ou pelos nos ensinam muito de amor sem interesse e como são fiéis a nós ,acredito que toda pessoa que tem um animal de estimação aprende a ter relação mais intima com a natureza de respeito e doação.
    Meu nome é Mara conheci seu blog hj e estarei aqui fazendo parte do time dessa guerreira ,torcendo e vibrando com suas vitórias ,afinal é uma luta de todos nós e não apenas sua
    Bjs

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  2. Querida Mara,

    Este amiguinho foi um grande companheiro durante os meus piores momentos, pós quimio e pós cirurgia. Ele sempre estava comigo!
    Já estou sentindo muito a falta dele. Está doendo demais.
    Beijos.

    Nanci

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  3. Que lindo Nan, mas como todo carinho que sempre tiveram, vai ser como se ainda estivesse com vocÊs, Suas peripécias, suas histórias o manterá vivo para sempre... e a dor da saudade vai diminuindo ... diminuindo.,...

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  4. Sara,

    Como é que você sabe que me chamam de Nan? Rsrs (Gostei)rsrs
    A minha ligação com ele era muito forte! Ainda choro de tanta saudade, mas vai passar.
    Bjs.
    Nan

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  5. Olá:

    Aqui é o Rodrigo; que fez alguns comentários semana passada e TENTANDO DAR FORÇAS/ALEGRIAS para a sua pessoa - como vai?
    Minha intenção agora é escrever COISAS BOAS (e até CÔMICAS)... Chega de tanta preocupação/sofrimento.
    Li a história da tal calopsita_até bacana.
    Pois há uma em minha casa (o OPOSTO DA SUA!)_onde tal é arredia/mal humorada mesmo... Quando se chega perto desta, ela faz uns sons tipo ESBRAVEJANDO/BUFANDO: e à noite quando se chega próximo_ela tenta ATACAR! E a coisa dura mesmo; esteve em minha casa há uns 13 anos - depois voltou para a clínica da minha irmã e voltou no início do ano (era de um/a cliente desta e foi doada).
    E tantos bichos que considero familia se foram e a desgramada ainda permanece intacta (risos). Sem falar que do nada ela começa a GRITAR/EMITIR SONS INCOMODATIVOS. Até gostaria de estar NO SEU LUGAR.
    Estive pesquisando sobre o animal há algum tempo_eles são oriundos da AUSTRÁLIA. Alias o local é conhecido por sua fauna e flora únicas/exóticas mesmo (e parece que a PARTE RUIM DE LÁ FICOU EM MINHA CASA... Mais risos!).

    Abraços,
    Rodrigo


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