domingo, 27 de janeiro de 2013

Manual do paciente com câncer.



Quando se tem câncer, passamos a encontrar pelo nosso caminho outras pessoas passando pelo mesmo drama, seja em hospitais, clínicas, igrejas, centros espíritas, e outros locais por onde passamos procurando alguma ajuda!
Conheci as minhas queridas amigas Débora e Vera em um centro espírita, onde são realizadas cirurgias espirituais e, desde então, passamos a ter um grande carinho uma pela outra.
A Débora (a de turbante), postou hoje no facebook um manual, o qual achei muito interessante e decidi compartilhá-lo com os leitores deste blog. Segue abaixo:
Hummmm é bem assim que conseguimos superar.....
Não tem manual para pais de primeira viagem? Primeiro emprego? Como passar em concurso público? Como ser feliz em dez lições? E por que não um manual para quem se descobre com câncer?? Ahhh, nem somos tão poucos assim, né??? Primeira lição: NÃO ACONTECEU SÓ COM VOCÊ. Mas vamos logo ao manual, se não vou acabar queimando etapas. Lições para quem descobriu que está com câncer:
1- Não aconteceu só com você. Para 2030 se esperam 27 milhões. É gente pra caaaaraaai.
2- Se desespere. Chore, grite, xingue o mundo, faça o que quiser (só não mate ninguém, nem gaste muito dinheiro, pois ele vai te fazer falta depois, vai por mim!): você tem câncer.
3- Tem religião? Ótimo! Não tem? Encontre uma. Ter fé no que quer que seja vai te ajudar.
4- Tem amigos? Conte para eles. Você já saberá de antemão quais são os de verdade. É tipo uma promoção: ganhe um câncer e leve amigos de verdade para sempre.
5- O mesmo acima vale para os familiares.
6- Sabe tudo de medicina? Prepare-se! Você vai saber ainda mais! Novos nomes, novos exames, novos médicos... Uhuuu! Animado, né? Seu celular vai passar a ter números assim: hospital tal, dr.fulano - oncologia, dra. fulana - emergência, plano de saúde... Agenda cheia é isso!
7- E por falar em agenda cheia... Seus dias nunca mais serão do mais puro tédio! Tem exame pela manhã, consulta a tarde, medicação à noite...
8- Quer emoção? Abrir o laudo de exames! É pura adrenalina!
9- Nunca teve coragem de se ver com um cabelo diferente? Seus problemas acabaram! Agora você vai se ver como jamais imaginou! Carecaaaaa! Não gostou? Relaxa! Cresce!! De verdade!
10- Aháááa! Por falar em pelos... Vai ficar um tempinho sem ver ceras ou lâminas... Depilar para quê? Tudo, tudo mesmo fica bem lisinho! Hahahaha
11- Uhuuu... cheguei no 11? Vamos em frente... Você vai usar lenços, bonés ou perucas (se for mais corajosa assumirá a careca) e aprenderá a se maquiar... Com certeza, será mais estilosa do que antes!
12- Nunca mais vai ter medo de coisas bobas!
13- Nunca mais vai se estressar com coisas pequenas. Elas eram realmente pequenas!
14- Você vai ver que é mais forte do que imaginava.
15- E se nada estiver bem, passe o ONCOCARD e seja feliz. Você pode tudo! Quer brigadeiro de colher? Podeee, quer morango com creme de leite, podeeee! Quer aquela roupinha... Podeee!! E quais as suas dicas?? Ahhhh e a mais importante de todas: seja feliz!!!!! SEMPRE!


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Altos níveis de cálcio no sangue podem indicar câncer de ovário

Science Daily - 23 de janeiro de 2013 - Um novo estudo da Wake Forest Baptist Medical Center é o primeiro a relatar que altos níveis de cálcio no sangue podem ser uma predição de câncer de ovário, o mais fatal dos cânceres ginecológicos.
O autor Gary G. Schwartz, Ph.D., epidemiologista de câncer da Wake Forest Baptist, e seu colega, Halcyon Skinner G., Ph.D., da Universidade de Wisconsin Carbone Cancer Center, examinaram associações entre cálcio no sangue e câncer de ovário em dois grupos. Eles descobriram que as mulheres que eram diagnosticadas tardiamente com câncer de ovário e mulheres que depois de diagnosticadas morreram com câncer de ovário tinham níveis mais elevados de cálcio no sangue do que as mulheres que não tinham sido diagnosticadas com câncer.
Schwartz, que é bem conhecido por sua pesquisa epidemiológica em câncer de próstata, disse que a idéia para este estudo surgiu por causa de pesquisas publicadas a partir de um grupo que mostrou que homens cujos níveis de cálcio foram maiores do que o normal tinham um risco aumentado de câncer de próstata fatal. Este fato o levou a se perguntar se uma relação semelhante poderia ser verdadeira com o câncer de ovário.
"Uma abordagem para a descoberta de biomarcadores de câncer é identificar um fator que está diferencialmente expresso em indivíduos com e sem câncer e para examinar a capacidade que o fator tem de detectar o câncer em uma amostra independente de indivíduos", disse Schwartz. "Todo mundo tem cálcio e regula o corpo muito bem", Skinner acrescentou. "Nós sabemos que algumas formas raras de câncer de ovário são associados com o cálcio muito alto, então vale a pena considerar se cânceres de ovário são mais comuns associados com o cálcio moderadamente alto."
A ideia é plausível, Schwartz explicou, porque muitos cancros do ovário expressam níveis elevados de uma proteína, a hormona paratiróide relacionada (PTRHrP), que é conhecida por aumentar os níveis de cálcio no sangue de muitos outros cancros.
O câncer de ovário tem uma alta taxa de mortalidade, porque é difícil de ser detectado e quando surgem  sintomas o câncer geralmente já está avançado. Schwartz disse que o diagnóstico precoce pode ser feito através do uso de um biomarcador de cálcio, mas adverte que mais pesquisas são necessárias para confirmar estes resultados. "Nós descobrimos a ligação entre cálcio e câncer de ovário, nós a confirmamos, e mesmo que o estudo seja pequeno, estamos relatando isso porque é uma coisa muito simples em teoria para se testar."

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Novo método para diagnosticar a hereditariedade de câncer de mama e de ovário

Siency Daily, 16 de janeiro de 2013 – Um enorme sequenciamento genético e uma análise algoritma  genética detectam mutações em genes associados à doença.
Pesquisadores do Instituto Catalão de Oncologia (ICO) e do Bellvitge Instituto de Pesquisa Biomédica (IDIBELL) tem desenvolvido e validado um novo método para diagnosticar cancro da mama e de ovário hereditários com base no sequenciamento dos genes BRCA1 e BRCA2. O modelo é baseado em uma análise genética e bioinformática que tem sido muito eficaz. O novo protocolo foi descrito em um artigo publicado no Jornal de Genética Humana. Nos últimos anos, novos avanços nas técnicas de seqüenciamento tem sido realizados para o desenvolvimento de novas plataformas de seqüenciamento de ácidos nucléicos, denominado plataformas de grande sequenciamento ou seqüenciamento da próxima geração. Estes aperfeiçoamentos tecnológicos trouxeram uma verdadeira revolução no campo da investigação biomédica, no campo da genética e da genômica. O aparecimento de seqüenciadores de última geração e a possibilidade de combinar os genes de diferentes pacientes usando identificadores tem permitido adaptar estas novas tecnologias no campo do diagnóstico genético. Utilizando uma plataforma de última geração para sequenciamento dos genes, uma equipe liderada pelo pesquisador Conxi Lázaro, do Programa do Câncer hereditário, desenvolveu um protocolo abrangente que permite realizar uma sequência de codificação de todas as regiões adjacentes de BRCA1 e de BRCA2, responsáveis pelo cancro da mama e do ovário hereditários.

Algoritmo de sequenciamento de genes 
Esta abordagem permite identificar todas as mutações pontuais e pequenas deleções e inserções analisadas, mesmo nas regiões de alta dificuldade técnica, tais como regiões homopolimérica", explica o pesquisador. O protocolo desenvolvido é um algoritmo próprio de seqüenciamento de genes e análise bioinformática  e tem se mostrado muito eficiente para detectar todas a mutações existentes e para eliminar falsos positivos.
A validação deste algoritmo para diagnosticar cancro da mama e ovário hereditários, mostrou uma sensibilidade e especificidade de 100% das amostras analisadas, ao mesmo tempo, reduziu o tempo para obtenção dos resultados. Além disso, uma equipe de Investigação liderada por Lázaro tem implementado o uso desta abordagem para análise dos genes responsáveis pelos cancros hereditários do Cólon e do reto, como polipose e Sindrome de Lynch.
Até dez por cento dos cânceres são hereditários, o que significa que mutações genéticas como predisponentes para vários tipos de tumores são transmitidos de pais para filhos. Uma destas identificações de mutações é muito Importante para evitar a ocorrência de tumores em pessoas com predisposição familiar. O câncer de mama e de ovários é uma das formas hereditárias de cancro que afetam cada vez mais pessoas. A doença é geralmente causada por mutações no genes BRCA1 de  BRCA2.
Estas mutações também podem estar associadas com outros tipos de cancros.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

PAPANICOLAU (PapGene)TAMBÉM DETECTA CÂNCER DE OVÁRIO


por Mariana Lenharo - O Estado de S. Paulo - 09/01/2013

O papanicolau já tem o posto do exame mais eficiente em ginecologia, por sua capacidade de detectar células precursoras do câncer de colo do útero.
Agora pesquisadores descobriram que, na mesma secreção coletada pelo exame, é possível detectar também sinais de outros dois tipos de câncer: de ovário e de endométrio (ou corpo do útero). Isso é feito por meio de um teste genético chamado PapGene.
A novidade traz esperança principalmente quanto à prevenção contra o câncer de ovário. Hoje, não existem exames de rotina eficazes em detectar precocemente esse tipo de tumor, por isso 75% dos casos são descobertos em estágio avançado.
O estudo, que resultou de uma parceria da Universidade Johns Hopkins com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), partiu da hipótese de que células cancerosas dos tumores de ovário e do endométrio "viajam" até o colo do útero, de onde é colhido o material do papanicolau. Os resultados foram publicados na revista Science Translational Medicine.
Para identificar essas células, o estudo estabeleceu as principais mutações presentes nos tumores de ovário e de endométrio. Em seguida, foram selecionadas 22 pacientes com câncer de ovário e 24 com câncer de endométrio de várias instituições, até mesmo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
Todas fizeram coleta de papanicolau. As amostras passaram, então, por sequenciamento genético, com o objetivo de buscar aquelas mutações. Em todas com câncer de endométrio foi possível detectar a presença das mutações indicadoras da doença. No caso do câncer de ovário, as mutações apareceram na amostra de 41% das pacientes.
Para o ginecologista Jesus Paula Carvalho, professor da FMUSP e um dos autores do estudo, os resultados foram animadores. "Pela primeira vez, por meio de um exame simples, feito com material de papanicolau, a pesquisa por alteração no DNA de células cancerosas pôde detectar o câncer de ovário", diz.
Ele acrescenta que o estudo abre a perspectiva para a criação de um teste que possa ser aplicado em larga escala. "É só uma questão de evoluir e refinar o método. O passo seguinte é fazer um banco de tumores e tecidos para poder testar isso em várias outras situações", diz Carvalho. O procedimento não deve ser caro, segundo o médico, já que a tecnologia é semelhante ao que já é utilizado para identificar o papilomavírus humano (HPV).
O ginecologista Glauco Baiocchi Neto, diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo, observa que, apesar de menos frequente, o tumor no ovário é responsável por 54% dos óbitos por câncer ginecológico. "O grande problema do câncer de ovário é que, quando se faz o diagnóstico, a doença já está avançada."
Estudos mostram que ultrassom e teste para marcador tumoral dão margem a falsos positivos, o que inviabiliza a estratégia.



Vídeo: Um estudo desenvolvido por médicos americanos e brasileiros traz esperança na prevenção do câncer de ovário através do PapGene





quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Efeito balão!

O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sangüíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sangüínea. O sistema linfático também é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores. Possui três funções interrelacionadas: Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais;  Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório; Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).
Durante a minha cirurgia de citorredução, foram retirados vários linfonodos do meu abdômen.  Muitos desses linfonodos tinham a função de auxiliar na remoção dos fluídos em excesso dos membros inferiores. Com a retirada desses linfonodos, minhas pernas tem inchado e doído bastante, principalmente agora no calor. Nunca tive a perna grossa e, agora, estou parecendo aquelas bombadas do BBB! rsrsrs
Além de ter engordado uns 10 kg com a quimioterapia, alguns dos medicamentos que tomo para amenizar as sequelas deixadas pela cirurgia e pela quimio, ou ajudam a engordar ou causam inchaço no corpo todo e, somando tudo, tenho me sentido como um balão.
Acho que deverei recorrer a um tratamento de drenagem linfática, mas acredito que necessito primeiramente de uma orientação médica a respeito! Passarei com a oncologista no final do mês e verei com ela o que poderá ser feito para resolver esse drama!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Estudo de células-tronco de câncer ovariano é alvo para o desenvolvimento de novas terapias para tratamento deste tipo de câncer

Pesquisas provam existência de células-tronco tumorais
Imagem de célula tronco tumoral

Science News - 7 De janeiro de 2013 — Pesquisadores da Yale School of Medicine identificaram um elo-chave entre fatores de células-tronco do câncer ovariano que atuam como combustível para o crescimento do tumor e o  prognóstico do paciente. O estudo, que abre o caminho para o desenvolvimento de novas terapias para o  câncer de ovário, foi publicado online na edição atual do ciclo celular.
O autor , Yingqun Huang, M.D., professor adjunto no departamento de Obstetrícia, Ginecologia e ciências reprodutivas e seus colegas demonstraram uma ligação entre os dois conceitos que estão revolucionando a maneira como este câncer  é tratado.
Em primeiro lugar, a idéia de “células-tronco do câncer" sugere que no centro de cada tumor há um pequeno subconjunto de células tumorais difícil de se identificar, que atuam como combustível para o crescimento do tumor. Este conceito prevê que terapias comuns normalmente matam a maior parte das células do tumor, deixando um ambiente rico para o crescimento contínuo da população de células-tronco do tumor.
O segundo conceito, apelidado de "semente e solo," define um papel crucial para "microambiente," as células do tumor que é o ambiente especial necessário para a propagação e crescimento de células de câncer.
"Ambos os conceitos são relevantes para o tratamento de adultos com tumores sólidos como câncer de ovário, que tem sido notoriamente difíceis de diagnosticar e tratar,", disse o co-autor Nita J. Maihle, M.D., professor no departamento de Obstetrícia, Ginecologia e ciências reprodutivas e membro de Yale Cancer Center. "Pacientes com câncer de ovário são atormentados por recidivas de células tumorais, que são resistentes à quimioterapia, resultando no crescimento descontrolado do câncer e na morte".
Neste estudo, Huang e seus colegas foram capazes de definir uma base molecular para a interação entre estes dois conceitos no câncer de ovário. Eles fizeram isso usando métodos sofisticados de seqüenciamento do gene para demonstrar uma ligação regulamentar entre o fator de células-tronco Lin28 e a e a sinalização da molécula de proteína morfogenética óssea 4 (BMP4)..
"Estes resultados são suportados pelos mais recentes dados de prognóstico molecular de câncer de ovário, que também sugerem um papel activo para o microambiente do tumor no ovário carcinogênese,", disse Huang e Maihle. "Juntos, estes estudos revelam novas metas para o desenvolvimento de terapias de câncer."

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Mitos e verdades sobre o câncer de ovário

A médica oncologista Ana Carolina Gifoni, membro do Comitê de Oncogenética da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e presidente ...