sábado, 29 de dezembro de 2012

CÂNCER DE OVÁRIO PODE SER DIAGNOSTICADO MAIS CEDO


O tumor mais letal a atingir as mulheres já pode ser diagnosticado mais cedo. Um documento assinado por 40 organizações americanas reconhece que esse câncer tem, sim, alguns sintomas, muitas vezes ignorados por médicos e pacientes. Manter-se atenta aos sinais emitidos pelo corpo pode fazer a diferença.

Por Cristina Nabuco

Ele tem fama de matador silencioso. Embora corresponda a no máximo 4% dos tumores malignos que afetam as mulheres - incidência bem inferior à do câncer de mama -, o câncer de ovário provoca mais estragos. É uma das principais causas de morte feminina nos países industrializados (a quarta na Grã-Bretanha, a quinta no Canadá) porque, em 80% dos casos, o diagnóstico da doença é feito em estágio muito avançado, quando as células malignas já se espalharam pela cavidade abdominal e as chances de cura são menores. Os índices de sobrevivência poderiam pular de 30 para 90% com a descoberta precoce desse mal. Por isso, os cientistas estão em busca de um teste de rastreamento equivalente à mamografia, que identifica o tumor de mama em estágios iniciais. A boa notícia é que os pesquisadores enxergam uma luz no fim do túnel: os sintomas do câncer de ovário podem ser percebidos mais cedo do que se supunha. 

Os trabalhos de Barbara Goff, diretora de oncologia ginecológica da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, contestam a tese de que os sinais só aparecem tardiamente. Em janeiro, ela publicou um artigo sobre o tema na revista científica CANCER, o que conduziu a uma nova conduta na área médica. No dia 25 de junho, organizações lideradas pela Fundação do Câncer Ginecológico, pela Sociedade dos Oncologistas Ginecológicos e pela Sociedade Americana do Cân cer formalizaram um consenso atualizado sobre a doença.

O documento destaca que quatro sintomas podem levar a mulher a pesquisar a presença do câncer de ovário: inchaço ou aumento do volume abdominal, dor pélvica ou abdominal, dificuldade para comer ou sensação rápida de saciedade e alterações urinárias, como a necessidade urgente ou freqüente de ir ao banheiro. Apresentá-los quase diariamente por mais de três semanas justifica uma ida ao médico, sobretudo quando sinalizarem mudança no estado habitual de saúde. "Não queremos assustar as pessoas", disse Barbara Goff em entrevista ao jornal THE NEW YORK TIMES. Esses sintomas podem ter outras causas, inclusive benignas, mas ela adverte: O câncer de ovário é uma hipótese a ser considerada".

É justamente aí que está o problema. "Os médicos nem sempre valorizam as queixas e perdem oportunidades de antecipar a descoberta do tumor", afirma ela. Ao estudar 1,7 mil pacientes com câncer de ovário, Barbara verificou que 36% tiveram um diagnóstico inicial equivocado, atribuído a depressão ou stress, entre outros problemas. Pior: 12% ouviram que não tinham nada de errado e que a origem de seu mal-estar era de ordem psicológica. "A expectativa é que o consenso firmado em junho levante a suspeita de câncer mediante essas queixas, em geral colocadas em segundo plano", informa Agliberto Barbosa de Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de Ginecologia Oncológica (Sobragon). "Isso deve estimular o encaminhamento para o ginecologista oncológico, especialista mais habilitado para reconhecer e tratar o tumor, e possibilita maior número de diagnósticos precoces."

Ainda é cedo para saber se a lista de sintomas conseguirá reduzir a mortalidade por câncer de ovário ou se, na outra ponta, levará a uma enxurrada de exames e cirurgias desnecessárias, avalia Jesus Paula Carvalho, professor da Faculdade de Medicina da USP e chefe do grupo de Câncer Ginecológico do Hospital das Clínicas de São Paulo, "mas é um método válido enquanto não dispomos de opção melhor, como um teste para detectar o câncer de ovário em estágio mais precoce: antes que manifeste qualquer sintoma".

Conheça o inimigo
O termo câncer de ovário é uma espécie de guarda-chuva sob o qual se abrigam diversas doenças. A mais freqüente delas, o carcinoma de ovário, é também uma das mais agressivas: surge após a menopausa, embora comece a se desenvolver anos antes. Os tumores de células germinativas afetam sobretudo adolescentes e mulheres mais jovens. Já os de cordões sexuais e os borderline (de baixo potencial de malignidade ou limítrofes) podem surgir em qualquer idade. Os prognósticos são melhores para os borderline, que acabam curados em mais de 90% dos casos.

Como se faz o diagnóstico?
Pelo exame ginecológico, palpação abdominal e toque vaginal, por meio de imagens colhidas por ultra-som, se possível endovaginal, tridimensional e com doppler (que mostra o fluxo de sangue no local, o que fornece pistas para os médicos), e pelo marcador tumoral CA 125, teste sanguíneo que dosa uma proteína produzida pelo câncer. Mas, embora seja útil para acompanhamento de tumores, o marcador não é muito confiável para diagnóstico inicial, avisa Agliberto Oliveira.

Cistos de ovário podem virar câncer?
Felizmente não, porque uma em cada três mulheres em idade reprodutiva forma esses "sacos" cheios de líquido. Mais de 80% constituem acidentes de percurso sem maiores conseqüências, por isso recebem o nome de cistos funcionais. Contudo, nem sempre é fácil distinguir um cisto inofensivo de um tumor maligno. Certas características avistadas no ultra-som aumentam a suspeita de câncer, informa o médico Jesus Carvalho: conteúdo sólido e líquido, presença de múltiplas cavidades e formação de uma rede de vasos no local. A confirmação requer uma biópsia, isto é, uma análise microscópica de amostras do cisto.

É possível fazer punção ou uma cirurgia não invasiva para coletar esse material?
Na suspeita de câncer de ovário, tanto a punção (aspiração do conteúdo com agulha) quanto a cirurgia por via laparoscópica devem ser descartadas. Há perigo de disseminar as células malignas, facilitando o aparecimento de novos focos do tumor. Se os indícios forem fortes, recomenda-se uma cirurgia exploratória.

Como é o tratamento?
O principal é a cirurgia para remoção dos tecidos, que será mais ou menos radical conforme o tamanho e a agressividade do tumor. Leva-se também em conta a idade da paciente. Se ela não tiver filhos, procura-se preservar o outro ovário e o útero, desde que não haja risco de vida. Do contrário, pode-se congelar óvulos ou fragmentos sadios do ovário para uso futuro em fertilizações assistidas, sugere Agliberto Oliveira. O tratamento envolve, ainda, quimioterapia, emprego de fármacos contra as células tumorais. Pode ser feita após a cirurgia, antes (se a intenção é reduzir o tamanho do tumor para aplicar uma técnica mais conservadora) ou durante. A quimioterapia intra-operatória é um método experimental em que as drogas são injetadas dentro do abdome, em temperatura normal ou elevada, para destruir células malignas.

Quais são os fatores de risco?
Histórico pessoal de câncer de mama (os dois tumores podem se originar da mesma mutação genética) e antecedente familiar (quem apresenta casos na família pode herdar uma predisposição para a doença). Mas, atenção, apenas 10% dos tumores são de origem genética. Os demais estão relacionados à exposição a agentes tóxicos (cigarro, agrotóxicos e uso regular de talco nos genitais) e estilo de vida, como mudanças na alimentação e em especial nos hábitos reprodutivos. É bom lembrar que, no início do século 20, a mulher menstruava apenas 50 vezes na vida, porque casava cedo, tinha muitos filhos e passava longos períodos amamentando. Agora menstrua mais de 350 vezes porque retarda a gravidez, tem poucos filhos e amamenta menos. "O câncer de ovário está relacionado ao número excessivo de ovulações", explica Jesus Carvalho.

Pílula anticoncepcional previne o tumor?
Considera- se que ela tem efeito protetor porque suprime a ovulação. O emprego de pílula por mais de cinco anos faz a incidência de câncer de ovário cair 60%. A terapia de reposição hormonal tem o mesmo efeito protetor? Não, porque nessa fase os ovários já encerraram a atividade. O que dá resultado é inibir a ovulação. Existe a suspeita de que a reposição hormonal cause alguns tipos de tumores mais raros. Drogas para induzir a ovulação podem provocar o câncer? O citrato de clomifeno, empregado em tratamentos de fertilização assistida, foi colocado no banco de réus por hiperestimular os ovários e também porque se observaram vários casos entre as usuárias. Porém, trabalhos recentes sugerem que o ovário dessas mulheres já era mais propenso ao câncer antes mesmo de travar contato com a droga. O que fazer quando a mulher sabe que corre risco por ser portadora de mutações genéticas? A probabilidade de ter um câncer de ovário chega a 60% para quem possui mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2. Pode-se cogitar um acompanhamento rigoroso, uso de contraceptivos orais ou uma medida mais drástica: a retirada preventiva dos ovários. Estudos detectaram o câncer em 2,5% dos ovários aparentemente saudáveis e assintomáticos removidos por precaução, informa Jesus Carvalho. O cuidado se justifica, já que o câncer de ovário é um dos mais devastadores. Daí se entende porque o aparecimento de uma pequena luz no fim do túnel foi suficiente para mobilizar tantas organizações.

DEPOIMENTO: Quase pirei pensando que entraria na menopausa e nunca teria um filho

 "Aos 23 anos, tive um atraso menstrual. Culpei o stress e não dei bola. Mas, quando percebi que o atraso já durava dois meses e vi minha barriga inchada, entrei em pânico. Achei que estava grávida. O ginecologista pediu exames que encontraram um tumor do tamanho de uma laranja no meu ovário direito. Teria que ser operada, fazer biópsia e, conforme o resultado, talvez até tirar o útero. Tumor? Cirurgia? Biópsia? Assim de repente? Eu não podia acreditar... Afinal, eu me considerava tão saudável que nem fazia exames ginecológicos de rotina. Passei por cinco médicos e não havia escolha. Marquei a cirurgia. Extraíram o ovário e a trompa direita. Levei 40 pontos internos e fiquei com uma cicatriz horrível, vertical, de 18 centímetros na barriga - a médica explicou que não dava para fazer um corte pequeno e horizontal como o da cesariana porque tinha de pegar o tumor com as mãos, tomando cuidado para não estourar e vazar o conteúdo. Se eu tivesse descoberto mais cedo, talvez não fosse necessário um corte tão grande. A biópsia mostrou que não era dos mais agressivos, mas do tipo borderline. Não precisei de quimioterapia. A orientação foi tomar pílula para dar descanso ao ovário remanescente e a cada três meses fazer exames de acompanhamento. Nunca mais apareceu qualquer sinal da doença. Casei, trabalhei, viajei. Agora quero ter um filho.
PAOLA DEL MÔNACO, 32 ANOS, ASSESSORA DE IMPRENSA, DE SÃO PAULO

Vídeo: è possível prevenir o câncer de ovário?


sábado, 22 de dezembro de 2012

Balanço de final de ano!


Encerro este ano muito satisfeita por eu estar bem.  Em 2012 passei por muitas dores, angustia, ansiedade,  questionamentos, incertezas e afastamentos, mas termino este ano muito mais forte, sábia, madura e, por que não dizer, sã de corpo e de espírito.
Neste ano, eu aprendi também que eu não poderia vivenciar toda essa experiência calada, discreta e escondida. Se eu tenho um canal de comunicação eficaz eu tenho a obrigação, enquanto mulher, de fazer divulgar a minha luta contra o câncer de ovário, fazendo as mulheres  perceberem o quanto é importante conhecer esta doença,  como uma forma de se prevenirem contra a mesma, uma vez que o diagnóstico é tão difícil. Por isso, criei este blog, que tem sido o meu apoio durante vários momentos de incertezas, desilusões e desgostos,  pois alivia-me desabafar todas as minhas experiências, boas e ruins,  e compartilha-lhas com vocês leitores. Meu compromisso com vocês, de estar aqui, de me fazer presente e de dar continuidade a esse trabalho foi um dos alicerces que me segurou nestes momentos difíceis e sombrios. Este blog é muito precioso para mim, pois através desse espaço posso compartilhar com vocês minhas experiências pessoais e informações gerais sobre o câncer de ovário e sobre a importância de persistir na luta com fé, coragem e determinação!

Por estes e outros motivos é que eu quero, neste balanço de final de ano, agradecer a participação de todos os leitores que tem acompanhado a minha luta e que torcem por mim. Desejo a vocês todos um excelente 2013, na companhia de seus familiares, amigos e amados. Que sejamos capazes de vivermos  intensa e gloriosamente todos os 365 dias deste novo ano, com muita paz e saúde e que possamos nos amar mais e mais, sentirmo-nos plenos em nós mesmos, apesar do que nos falta, apesar do que nos falha.
Que em 2013 sejamos muito melhores e mais felizes! VIVA 2013, VIVA!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Caminhando para a Remissão....


Remissão completa é o termo utilizado em Medicina para designar a fase da doença em que não há sinais de atividade dela, mas não é possível concluir como cura. O termo é utilizado principalmente em relação a câncer, doenças autoimunes e infectologia, onde a ausência de sinais da doença não significa cura completa e há risco de recidiva tardia. 

Hoje estive em consulta com o médico oncologista, Dr. Newton, uma simpatia de pessoa, pois a minha médica, Dra. Milena, está em férias! Ele analisou os meus exames e me parabenizou sorrindo. Disse que está tudo ok e que estou em processo de remissão da doença.
R E M I S S Ã O, esta palavra soa como música para os meus ouvidos!
Perguntei ao Dr. Newton se esse tipo de câncer, no estágio em que foi descoberto, tem chance de cura. Ele me disse que o intuito tanto da cirurgia, quanto do tratamento quimioterápico foi erradicar a doença, sendo possível sim a cura, pois meu organismo reagiu muito bem ao tratamento. Ele me disse ainda que as estatísticas indicam que, em 70% dos casos, costuma haver recidiva, mas que eu não devo me preocupar com isso, pois cada caso é um caso, e que devo preocupar-me somente em viver a vida!
Saí de lá leve, feliz e muitoooo agradecida a Deus e aos meus médicos do Hospital A C Camargo que cuidaram e que ainda estão cuidando de mim:  Dra. Milena, Dr. Newton, Dr. Carlos Faloppa, Dr. Juan, Dra. Nirvana, Dr. Pedro, Dra. Ana Carolina e outros.
AGRADEÇO A TODOS DE CORAÇÃO, por todo carinho e dedicação... Fico feliz em tê-los ao meu lado nesta minha caminhada, pois a tornam muito mais suave. Jamais poderei agradecer da forma adequada o que todos eles tem feito por mim. Que Deus os abençoe e permita que continuem devolvendo a vida, o sorriso e a esperança a todos os pacientes com câncer! Sinto enorme carinho por todos eles, os meus ANJOS DA GUARDA!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Natal: tempo de renovação!


Desde criança nunca gostei do Natal, pois tinha um pai alcoólatra e nas épocas de festas ele sempre bebia além da conta e as festividades acabavam se transformando em brigas e discussões. No ano passado, em 13 de dezembro, recebi o diagnóstico de câncer e cheguei a pensar que tinha sido o meu "presente de Natal"! Pura ironia de minha parte!
Eu sou cristã e não posso e não devo associar o Natal às coisas tristes e ao consumismo exagerado, pois Natal é a festividade do nascimento de Jesus, é uma ocasião privilegiada para celebrar e amadurecer na fé e na vida. Essa época é ideal para meditar e renovar as esperanças! Ao celebrarmos o nascimento de Jesus, devemos refletir sobre os ensinamentos deixados por Ele, compreender sua simplicidade e seu exemplo de humildade: um ser Divino que se fez homem, veio ao mundo da maneira mais singela e por amor ao seu semelhante.
O clima de alegria, partilha, amizade e festa que cerca a época de Natal deve ser encarado como bom momento para refletir sobre nossos valores, sentimentos e nossas atitudes, para tentar compreender que a paz de espírito está na gratidão pela dádiva da vida,  na reconciliação com o próximo, na união da família, na solidariedade, nas pequenas conquistas diárias e na fé de que tudo é possível quando se crê em um Ser Superior. É preciso dar valor aos valores espirituais e não às riquezas materiais, para realmente vivenciar um Natal feliz. Hoje eu compreendo isso e talvez esse câncer tenha surgido exatamente nessa época  simplesmente para me ensinar o verdadeiro sentido do Natal e, quem sabe, da própria VIDA!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"A CURA PELA FÉ"


A ciência comprova que a espiritualidade pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Atenua também os sintomas de enfermidades como AIDS e câncer, além de melhorar a qualidade de vida e diminuir a violência

Por Samantha Cerquetani

"A fé atua em diversas áreas cerebrais, principalmente no sistema límbico, que é responsável pelas emoções"

E foi comprovado cientificamente que pessoas espiritualizadas podem diminuir o risco de alguns tipos de doenças como as cardiovasculares, o diabetes, acidentes vasculares cerebrais (AVC), infartos e insuficiência renal. Além de amenizar os sintomas de doenças crônicas como AIDS e câncer
Ao adquirir o autoconhecimento e a aceitação proporcionados pela fé, o indivíduo consegue mudar seus hábitos, como melhorar a alimentação, praticar atividade física, ter um sono reparador e manter o equilíbrio nos pensamentos e atitudes. A espiritualidade também ajuda a combater a depressão, já que atenua os sentimentos de amargura, raiva, estresse e mesmo ressentimentos.
Ela ainda reforça o sistema imunológico, prevenindo diversas doenças”, afirma Ricardo Monezzi, pesquisador e psicobiólogo do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele explica que os indivíduos espiritualizados, independentemente da religião, demonstram ser menos violentos, pois pensam no próximo, são altruístas e muitas vezes demonstram ser mais solidários.
Além disso, pessoas espiritualizadas cometem menos suicídio, ficam menos tempo internadas nos hospitais e geralmente têm mais qualidade de vida. “Elas acreditam que a vida tem um objetivo e aceitam as adversidades com mais clareza e não se sentem desamparadas nos momentos difíceis”, relata o pesquisador Monezi.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Toronto (Canadá), liderada pelo professor de Psicologia Michael Inzlicht, constatou que a fé pode diminuir a ansiedade, a depressão e o estresse. Os participantes realizaram um teste, conhecido como Stroop, onde foram analisadas as atividades cerebrais dos indivíduos, e foi comprovado que a crença tem um efeito calmante cuja consequência é a diminuição da ansiedade, bem como o medo de enfrentar o que nos parece incerto e desconhecido.
“Existem pesquisas com Ressonância Nuclear Magnética Funcional, que demonstram áreas específicas do cérebro que se ‘acendem’ em orações ou meditações”, pontua Niura. Entretanto, Habermann destaca que, apesar de os recursos tecnológicos terem registrado inusitados mecanismos da fisiologia cerebral, principalmente na área das emoções, ainda há muito o que se descobrir nesse assunto.

Novo paradigma
Como tem reagido a medicina convencional diante dessa nova realidade? De acordo com Paulo de Tarso Lima, coordenador do Setor de Medicina Integrativa e Complementar do Programa Integrado de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e autor do livro Medicina Integrativa – a cura pelo equilíbrio (MG editores), os profissionais da saúde entenderam que o ser humano precisa cuidar do corpo, mente e espírito. E atualmente, em algumas escolas de medicina, os alunos já possuem matérias sobre a importância da espiritualidade no processo de cura.
“Há um movimento global na área da saúde que identifica as necessidades dos pacientes e visa respeitar as decisões de cada um, independentemente das crenças ou valores”, afirma. Para que isso ocorra, a conversa entre paciente e médico é fundamental. Com o diálogo, o profissional saberá no que a pessoa acredita e poderá informar que há bases científicas que comprovem que a espiritualidade auxilia no processo de cura.
O médico deverá abordar o paciente de forma humana, entender e explicar o que há por trás das doenças e discutir como ele vê a doença e a cura. “Os médicos precisam respeitar seus pacientes. Escutá-los com atenção e indicar tratamentos que possam ajudar nesse processo”, explica Lima .
A prática médica tem mostrado aos profissionais da saúde — convencionais ou não — a importância da fé como coadjuvante da cura dos males orgânicos. Além de curar, cultivar a fé muda os hábitos, torna os indivíduos mais saudáveis, atenua sintomas de doenças, pode levar à cura e traz um sentido na vida de cada um. Crer é preciso.

A Cura pela Fé ou Cura Espiritual é uma forma de tratar doenças, sejam elas de qualquer nível de gravidade, por meios espirituais. A Cura se dá pela crença em uma determinada religião (cristã, xamânica, espírita, entre outras) ou ainda por auto-sugestão.
A Doutrina Espírita ganha cada vez mais destaque na mídia e recentemente foi assunto de capa da revista Veja (edição 2,235) devido à escolha de Reinaldo Gianecchini de aliar este recurso ao seu tratamento médico do câncer com o qual foi diagnosticado.  Durante sua internação no Hospital Sírio-Libanes, em São Paulo, o ator recebeu a visita de um médium, que sob efeito mediúnico do espírito Dr. Alonso, fez a “Oração para Jesus”, a reza pela cura.
Segundo a revista Veja, o número de pessoas que buscam ajuda espiritual para o tratamento de doenças no Brasil é bastante significativo, chegando a 80% dos pacientes com câncer. No entanto, algumas vezes o uso da medicina convencional é recusado durante o tratamento espiritual, o que me parece uma atitude bastante radical.
A “Cura pela Fé” é, para aqueles que acreditam, indiscutivelmente eficaz. Muitos recorrem à ela em casos de doenças sem cura. Mas “dispensar” o uso da medicina, tecnologia e da ciência é quase que andar para trás. Com certeza a religiosidade ajuda muito em momentos difíceis como uma doença grave e então, aliar a fé à medicina é com certeza algo muito positivo.


Fonte: Revista Viva Saúde



domingo, 9 de dezembro de 2012

Amizades ruins podem causar câncer e doenças cardíacas

Pesquisas mostram que alguns tipos de relacionamento podem, sim, te deixar doente


Redação Galileu
Editora Globo


A qualidade das suas amizades pode afetar a sua saúde tanto quanto a qualidade de sua alimentação, de acordo com uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Cientistas descobriram que pessoas que passam por interações sociais negativas (o famoso “climão”) com frequência, tem mais chances de desenvolver inflamações – o que, por sua vez, pode causar câncer e doenças cardíacas.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores pediram que 122 voluntários mantivessem um diário. Ao mesmo tempo, eles analisaram amostras de saliva destas pessoas em busca de proteínas que possam causar inflamações. Eles descobriram que aqueles que passaram por situações mais estressantes tinham uma maior quantidade das proteínas inflamatórias.
A hipótese levantada pelo estudo é que isso é um mecanismo evolutivo da nossa espécie. Quando nossos ancestrais enfrentavam animais ou outros clãs, era vantajoso que o corpo produzisse mais proteínas inflamatórias, já que elas poderiam combater possíveis infecções causadas por ferimentos.
No entanto, com o nosso modo de vida atual, esse mecanismo já não é tão útil e faz com que as pessoas mais estressadas com o cotidiano se tornem apenas mais propensas a inflamações. O conselho dos pesquisadores para a prevenção é que você esteja sempre próximo de pessoas positivas e otimistas e que evite amizades “tóxicas”.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Droga comum para diabetes pode tratar o cancro do ovário


ScienceDaily (03 de dezembro de 2012) - Pacientes diabéticos com câncer de ovário que tomaram a droga metformina para o diabetes tiveram uma taxa de sobrevivência melhor do que pacientes que não tomaram, é o que demonstrou um estudo liderado pela Mayo Clinic. Os resultados, publicados na revista Cancer , podem desempenhar um papel importante para os pesquisadores ao estudar o uso de medicamentos existentes para o tratamento de diferentes doenças.
A metformina é uma droga amplamente prescrita para tratar a diabetes, e outras pesquisas anteriores  mostraram sua promessa para outros tipos de câncer. O estudo liderado pela Mayo Clinic acrescenta o câncer de ovário para a lista.
Os pesquisadores compararam a sobrevivência de 61 pacientes com câncer de ovário que tomam metformina e 178 pacientes que não foram tratados com metformina. Sessenta e sete por cento dos pacientes que tomaram metformina foram sobrevivendo depois de cinco anos, em comparação com 47 por cento das pessoas que não tomaram a medicação. Quando os investigadores analisaram os fatores, tais como o índice de massa corporal do paciente, a gravidade do cancro, o tipo de quimioterapia e da qualidade da cirurgia, eles descobriram que os pacientes tratados com metformina foram quase quatro vezes mais propensos a sobreviver, em comparação com aqueles que não tomaram a medicação.
"Nosso estudo demonstrou melhora na sobrevida em mulheres com câncer de ovário que tomavam metformina", diz o co-autor Sanjeev Kumar, um oncologista/ ginecologista da Mayo Clinic. "Os resultados são encorajadores, mas como em qualquer estudo retrospectivo, muitos fatores não podem ser controlados por nós para dizer se há uma causa e efeito direto. Pelo contrário, esta é mais uma prova humana para um potencial efeito benéfico de uma droga comumente usada que é relativamente segura em humanos. Estes resultados devem dar um impulso para futuros testes clínicos em câncer de ovário. "
Os resultados podem abrir caminho para a utilização de metformina em grande escala e ensaios clínicos randomizados em câncer de ovário, dizem os pesquisadores. Dada a alta taxa de mortalidade do câncer de ovário, os pesquisadores dizem que há uma grande necessidade de se desenvolver novas terapias para o câncer de ovário. A metformina pode, potencialmente, ser uma destas opções.

Outros autores do estudo são Alexandra Meuter, MD, da Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique, Alemanha; Shailendra Giri, Ph.D., e Rattan Ramandeep, Ph.D., do Henry Ford Health System; Jeremy Chien, Ph.D., da Universidade de Kansas Medical Center; Thapa Prabin, MS; Langstraat Carrie, MD; Cliby William, MD, e Shridhar Viji, Ph.D. da Clínica Mayo.
Este trabalho foi financiado, no todo ou em parte, por Fred C. e B. Katherine Andersen.
http://www.mayoclinic.org/news2012-rst/7186.html


NÃO USE MEDICAMENTO SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Oncogenética.

Hoje estive no AC Camargo e passei em consulta com o Dr. Carlos Faloppa. Os exames indicaram que estou muito bem, obrigada! A ressonância magnética do abdômen total e a tomografia do torax não evidenciaram nenhuma manifestação da doença, assim como, o marcador tumoral deu negativo. Minha próxima consulta para acompanhamento será daqui a 4 meses. 
O Dr. Carlos também me encaminhou para uma consulta com um especialista em oncogenética, pois em algumas famílias que apresentam certos tipos de câncer, as pessoas podem ter herdado genes que sofreram alterações (mutações). Esses genes podem trazer um risco maior de desenvolvimento da doença. Atualmente já são conhecidos vários genes alterados ou mutantes que aumentam o potencial de desenvolvimento de câncer de mama, ovário, cólon e próstata, bem como uma variedade de cânceres raros. O aconselhamento genético começa com uma consulta na Oncogenética, onde o especialista aborda informações referentes à saúde, hábitos de vida e busca informações sobre os familiares de primeiro e segundo graus (pais, irmãos, tios primos e avós). Marquei a consulta para o próximo dia 14/12/2012. Ao efetuar o agendamento, me solicitaram para levar informações de meus pais, irmãos, avós, tios e primos, incluindo os casos de câncer na família. Sei que dará trabalho levantar todas as informações, mas valerá a pena.

P/S: Hoje, 14/12, passei em consulta com a Dra. Maria Nirvana, da área de Oncogenética do A C Camargo. Ela  perguntou várias coisas sobre mim e sobre a minha família e me disse que o câncer de ovário é um câncer relativamente raro e que costuma acometer mulheres mais velhas, pós menopausa. Quando acomete pessoas com menos de 50 anos, e em cuja família ocorreram casos de câncer, como no meu caso, existe a possibilidade de haver mutação de genes. Desta forma, ela me solicitou a realização do exame BRCA1 e BRCA2, pois caso esta mutação seja confirmada, há grandes chances de eu vir a ter também câncer de mama, bem como, irmã e sobrinhas também terão 50% de chance de desenvolverem câncer de mama,  ovário ou intestino, e o meu irmão câncer de próstata ou intestino. Como se trata de um exame caro (em torno de R$7.000,00), terei que aguardar a aprovação do meu convênio. Agora é torcer para que eles aprovem!
Hoje, dia 17/12 consultei o site da Notredame para verificar se o exame foi aprovado. Consta que foi NEGADO, uma vez que não consta no rol de procedimentos da ANS. Agora, só me resta fazer os exames de mama de 6 em 6 meses e orientar a minha irmã para que também faça exames preventivos semestrais.

Os avanços na compreensão dos mecanismos de resistência aos medicamentos combinados de quimioterapia no câncer de ovário recorrente

ScienceDaily (30 de novembro de 2012) - Mais de metade de todos os pacientes com câncer de ovário  recorrente, eventualmente, deixam de responder à quimioterapia. O insucesso da quimioterapia é geralmente devido ao desenvolvimento de resistência às duas classes principais de agentes quimioterapêuticos utilizados na luta contra o câncer -  carboplatina e docetaxel. Agora, um estudo publicado no Journal of Ovarian Research fornece uma nova informação que acrescenta um novo entendimento clínico sobre os mecanismos envolvidos no desenvolvimento da resistência aos duplos agentes de quimioterapia. Não se sabia se os mecanismos de resistência aos duplos agentes são uma combinação de respostas de resistência a um único agente ou se a novos mecanismos como resultado da terapia combinada caboplatina e  docetaxel. Carita Lanner e sua equipe, de Sudbury, Ontário, no Canadá, fornecem evidências que sugerem que o último é verdadeiro: novas e diferentes mudanças ocorrerm para causar resistência à combinação dupla de agentes.O câncer de ovário é o câncer ginecológico mais letal, com uma taxa de mortalidade de 50% em 5 anos. Um fator importante que contribui para a taxa de mortalidade elevada é o desenvolvimento de resistência aos regimes de quimioterapia. As diferenças no modo de ação e de mecanismos de resistência aos agentes platina e taxanos são aproveitadas para quimioterapia do cancro de ovário avançado. Usados ​​em conjunto, conseguem maior eficácia e maior sobrevida aos pacientes. Contudo, a resistência combinada a ambos os agentes pode ocorrer, e é mais difícil de vencer do que resistência a um único agente. Lanner e seus colegas começaram a investigar se o desenvolvimento de resistência a ambos os agentes invoca diferentes mecanismos, ou se é uma combinação dos mecanismos de resistência que surgem após exposição a agentes únicos. Para fazer isso, desenvolveram um conjunto de linhagens celulares isogénicas  de cancro do ovário resistentes ao (1) agente carboplatina, (2) ao docetaxel, ou (3) uma combinação de carboplatina e docetaxel. Eles analisaram as alterações na expressão de genes associados com a resistência à droga especificado em cada linhagem celular, utilizando análise de microarray.
A equipe comparou as três linhagens de células resistentes para identificar alterações comuns e diferentes na expressão de genes entre todos os três tratamentos. A análise demonstrou que o estabelecimento de resistência a carboplatina e docetaxel não compartilham muitas mudanças na expressão genética. Mais significativamente, a resistência dual-agente pareceu se desenvolver a partir de mudanças principalmente únicas na expressão do gene, diferente da carboplatina única e resistência docetaxel no conjunto das linhas isogênicas de células estudadas.
O autor principal Carita Lanner comentou, "Estes resultados demonstram que a resistência combinada de droga não é apenas um conjunto de alterações presentes em células resistentes ao agente único mas contém várias e novas mudanças. A resistência à linha dupla de docetaxel com carboplatina  vai facilitar investigações em mecanismos subjacentes ao desenvolvimento da resistência dupla de droga em câncer de ovário."

sábado, 1 de dezembro de 2012

Força na peruca!

Ontem eu estava abatida, com os olhos fundos e aparência cansada. Olhei-me no espelho e me senti feia! Imediatamente, falei para mim mesma:
- Vamos dar um jeito nisso! Força na peruca!
Resolvi me produzir e me maquiar para melhorar o meu look. Acabei tirando algumas fotos e está aí o resultado:

Acredito que seja importante nos sentirmos bonitas SEMPRE, não para os outros, mas para nós mesmas! Não é devido ao fato de ter passado ou estar passando por algum problema de saúde é que devemos nos entregar à doença,  ficar com cara de doente e fazer do pijama o nosso uniforme diário! Devemos dar um Up em nossa aparência! Nós mulheres temos muitos recursos a nosso favor: temos uma infinidade de perucas, lenços, maquiagens, bijus, etc, etc.
Uma boa aparência levanta o astral, melhora a autoestima e nos deixa muito mais felizes!



Significados de Força na peruca :

Palavras de estímulo para si mesmo ou para outrem, a fim de que continue fazendo o que precisa ser feito.
Quando você ou alguém que você conhece se encontra cansado(a), esgotado(a), e vê que ainda há muito para ser feito...
Vamos lá, FORÇA NA PERUCA!!!
Não desanima não!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um ano de luta e de bençãos...


Este mês completou um ano desde que tudo começou. Em 28 de novembro de 2011 fui internada com fortes dores abdominais e, até então, eu e os médicos desconhecíamos a verdadeira razão de tamanho mal estar: um câncer de ovário.
Sim, foi um ano difícil, pois o câncer é uma doença ruim, mas estou feliz por ter tido minha família e amigos ao meu lado, me ajudando a lidar com tudo isso. 
Sim, as cirurgias foram difíceis, mas estou feliz por ter tido a oportunidade de passar por cirurgias que valeram tanto a pena.
Sim, os 8 ciclos de quimioterapia foram difíceis, mas estou feliz que existam  drogas como Taxol e Carboplatina para auxiliar o meu corpo a lidar melhor com a doença, bem como, outras drogas  que ajudam a minimizar as reações adversas da quimio.
Sim, a perda de cabelo foi desconfortável, mas eu estou contente de poder ter recorrido às perucas, que hoje em dia estão tão sofisticadas que enganam muita gente. 
Sim, o câncer me fez sentir isolada dos meus amigos saudáveis, mas fico feliz que tenha encontrado novos amigos, guerreiros assim como eu, com os quais posso compartilhar as experiências vividas com a doença.
Sim, visitas médicas frequentes e idas ao hospital para tratamento me perturbaram horrores, mas estou feliz que tenho tido profissionais competentes e experientes ao meu lado (Dr. Carlos, Dra. Milena, Dra. Ana Carolina, Dr. Juan), tão preocupados com a minha saúde e bem estar. 
Sim, ocorreram muitos eventos desagradáveis e emoções negativas por causa do câncer, mas eu estou feliz por tudo de bom que também tem entrado em minha vida. Estou feliz por estar mais espiritualizada, mais equilibrada e muito mais serena. Agradeço a Deus por tudo! Obrigada Senhor, obrigada!


... e todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, se ouvires a voz do Senhor teu Deus: 
Deuteronômio 28:2

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Mas que cabelo é esse?

Após 3 meses do término das quimios os meus cabelos voltaram a crescer!
Como anunciava um antigo comercial de TV: "A minha voz continua a mesma, mas os meus cabelos, quanta diferença!"
E bota diferença nisso. O meu cabelo, que antes era bem liso e castanho escuro, está nascendo grisalho e eriçado! As vezes não me reconheço diante do espelho! Será que terei que aderir à chapinha? Oh céus!

Ao pesquisar sobre o assunto, achei um artigo da Folha de São Paulo, de 03/09/12, que diz o seguinte:

Depois que o ator Reynaldo Gianecchini, 39, apareceu com os cabelos crespos e cacheados por conta do tratamento de um linfoma, muitos se perguntam se a quimioterapia afeta a textura do cabelo e se esses efeitos são reversíveis.
O cabelo que nasce logo depois do tratamento costuma ser diferente do cabelo que a pessoa tinha antes. "Isso acontece porque os fios crescem em ciclos diferentes, primeiro mais grossos, depois mais finos, o que deixa o cabelo desigual", explica Artur Malzyner, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

Recentemente, o "British Journal of Dermatology" publicou um estudo sobre as modificações estruturais do cabelo após a quimioterapia. O estudo concluiu que a mudança no aspecto dos fios acontece por conta da diminuição da espessura da fibra capilar e da alta variação na espessura dos fios no couro cabeludo do indivíduo.
Em geral, o que acontece durante a quimioterapia é uma queda acentuada de cabelo. O paciente fica praticamente careca porque as células responsáveis pelo crescimento de pelos têm uma taxa de proliferação muito alta, comparável à velocidade de divisão celular de alguns tumores malignos. Isso faz com que, na tentativa de evitar a proliferação de células cancerígenas, o tratamento destrua também as células do cabelo.
Cerca de três meses depois do tratamento começam a nascer fios diferentes do original. Em um ano, a maior parte dos pacientes já está com o cabelo completamente normal, explica Malzyner.
A mudança no fio ocorre porque a região que controla a espessura e a simetria da fibra capilar é justamente a matriz, área celular afetada pela quimioterapia. Assim, cabelos antes lisos e grossos podem se tornar cacheados e finos e vice-versa.
Pode haver ainda mudanças na cor. O ator Reynaldo Gianecchini, por exemplo, disse que teve de pintar os cabelos, que passaram a nascer grisalhos depois da quimioterapia. "Há registro de pessoas ruivas que se tornaram loiras e de pessoas muito jovens que ficaram grisalhas", conta a dermatologista Camila Hofbauer, do Grupo de Dermatologia Estética do Hospital das Clínicas da USP.
Não dá para prever se o cabelo voltará ao normal. Caso não volte, o jeito é recorrer a tratamentos estéticos se o paciente não se acostumar com o novo cabelo.
Já existem técnicas para controlar a queda durante a quimioterapia: "Dá para usar um dispositivo de resfriamento do couro cabeludo que causa a vasoconstrição local e reduz os efeitos do medicamento nos folículos", explica Hofbauer

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pesquisadores Investigam o Dasatinib em combinação com outros medicamentos para o cancro do ovário avançado/ recorrente


Science News

ScienceDaily  (14 de novembro de 2012) - Pesquisadores do Moffitt Cancer Center e Duke University Medical Center realizaram uma fase I de ensaios do dasatinib, um oral da família SRC, inibidor da tirosina quinase, para determinar a dose máxima tolerada quando combinado com paclitaxel e carboplatina para tratamento de pacientes com câncer de ovário avançado ou recorrente. Eles descobriram que 150 mg por dia em combinação com as duas outras drogas foi ótima.
O estudo aparece na edição de outubro da revista Clinical Cancer Research , uma publicação da Associação Americana para Pesquisa do Câncer.
Dasatinib tem potencial promissor no tratamento de cancro do ovário avançado porque as vias SRC desempenham um papel na ativação aumentada de migração celular, proliferação de sobrevivência, invasão e angiogênese (crescimento de vasos do tumor do sangue). As vias de SRC foram encontradas para ser frequentemente disreguladas em tumores sólidos e podem aumentar a resistência à quimioterapia.
Estudos laboratoriais anteriores demonstraram que a inibição SRC melhora a eficácia citotóxica tanto de paclitaxel e cisplatina em linhas celulares de cancro do ovário. Estudos in vivo verificou que a inibição SRC resultou em diminuição do crescimento do tumor.
"Este é o primeiro estudo para definir a dose adequada do dasatinib que, em combinação com paclitaxel e carboplatina, pode progredir para estudos  de fase II ou III ", disse o co-autor Robert M. Wenham, MD, MS, FACOG, FACS, membro do Centro de Oncologia da Mulher e Programa Experimental Therapeutics em Moffitt. "Esses ensaios adicionais podem nos ajudar a compreender melhor não só a tolerabilidade da combinação, mas a eficácia no tratamento de câncer."
O estudo verificou que a administração de dasatinib com paclitaxel não alterou os efeitos de qualquer um dos fármacos e que o dasatinib pode ser melhor utilizado em combinação com agentes de quimioterapia para um efeito sinérgico.
"Também pode ser preferível combinar dasatinib com apenas uma terapia citotóxica para melhorar a tolerabilidade," acrescentou Wenham.
Os pesquisadores concluíram que encontrar biomarcadores para dirigir o uso de terapias-alvo é de extrema importância. Embora SRC expressão do gene não foi correlacionada com a resposta, a equipe de pesquisa encontrou vários genes diferencialmente regulados entre respondedores e aqueles com a doença estável.
"Infelizmente, um não foi possível identificar um biomarcador para demonstrar que as mulheres são mais suscetíveis de se beneficiar do dasatinibe", disse o colaborador Johnathan M. Lancaster, MD, Ph.D., presidente do Departamento de Moffitt de Oncologia da Mulher, membro da Experimental Therapeutics Programa e presidente do Grupo de Medicina Moffitt. "Mais estudos devem explorar biomarcadores e identificar uma população de pacientes mais susceptíveis de se beneficiar da adição do dasatinib."

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Minha vida como um caleidoscópio,

O câncer me fez em pedaços, mas meus inúmeros pedacinhos ganharam cor e luz e, ao juntá-los, dei um novo significado à minha vida! Hoje, posso compará-la a um caleidoscópio, cujas imagens são formadas a partir da incidência da luz sobre os inúmeros pedacinhos de vidros coloridos que existem em seu interior.
Assim como no caleidoscópio, após vários giros, tive uma nova imagem de minha vida, pois passei a vê-la de um outro ângulo e ela se tornou mais bela! Hoje, dou valor a cada milésimo de segundo de minha vida, pois ela ganhou mais cor, mais gosto,  mais cheiro e mais sabor!
A nossa vida, a depender do ângulo em que se vê as coisas, quer elas sejam boas ou ruins, é possível ver inúmeras imagens, com inúmeras possibilidades.  Nem sempre as imagens são belas, mas basta uma nova tentativa, um novo giro, para uma linda imagem brilhar diante de nossos olhos!
Se as coisas não estão bem, não estão do jeito que gostaríamos que estivessem, mudemos o ângulo de ver o impasse ou o problema. Por uma nova perspectiva, o problema ou o impasse podem se tornar menores.  Não se pode insistir em ver tudo sempre cinza! Para se ter cor em nossa vida basta querer mudar (nossa vida, nosso foco, nosso jeito, nosso humor, nossa atitude...) e para mudar basta  um novo giro, pois assim, novas formas "belas e multicoloridas" surgirão!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Pacientes com câncer de ovário têm menores taxas de mortalidade quando tratados em hospitais de alta complexidade.

ScienceDaily (8 de novembro de 2012) - Um estudo realizado por pesquisadores do Irving Comprehensive Cancer Center Herbert (HICCC) em NewYork-Presbyterian/Columbia University Medical Center, recentemente e-publicado antes da impressão pelo Journal of Clinical Oncology, sugere que as mulheres que realizam a cirurgia de citorredução para o câncer de ovário em hospitais de alta complexidade têm resultados superiores do que pacientes similares atendidas em hospitais de baixa complexidade.

Uma melhor taxa de sobrevivência não depende de uma menor taxa de complicações após a cirurgia, mas do tratamento das complicações. Na verdade, os pacientes com uma complicação após a cirurgia em um hospital de baixa complexidade tem quase 50 por cento mais probabilidade de morrer como resultado de complicações do que os pacientes atendidos em hospitais de alta complexidade."É amplamente documentado que a complexidade cirúrgica tem um efeito importante sobre os resultados após a cirurgia", disse o autor Jason D. Wright, MD, Professor Assistente de Obstetrícia e Ginecologia na CUMC,  ginecologista oncologista da NYP / Columbia, e um membro do HICCC."Nós examinamos três áreas específicas: a influência da complexidade do hospital em complicações, o não resgate de pacientes com complicações e  a mortalidade hospitalar em pacientes com câncer de ovário que se submeteram à cirurgia relacionada ao câncer", disse Wright. "Mas a taxa de mortalidade não coincidi com a taxa de complicações. Para as mulheres que experimentaram uma complicação em um hospital de baixa complexidade, a taxa de mortalidade foi de 8 por cento. Para as mulheres em um hospital de alta complexidade, a taxa de mortalidade foi de 4,9 por cento. Após o ajuste das variáveis, conclui-se que a taxa de falha de resgate foi  48 por cento maior em hospitais de baixa complexidade do que em hospitais de alta complexidade. Em suma, hospitais de alta complexidade são capazes de resgatar pacientes com complicações após cirurgia de câncer de ovário ".Os pesquisadores usaram dados da amostra nacional de internação nos EUA entre 1998-2009, especificamente com mulheres entre 18 e 90 anos portadoras de câncer de ovário que, sob a ooforectomia (remoção de um ou ambos os ovários): um total de mais de 36.000 pacientes tratados em 1.166 hospitais. Depois de analisar os dados, os pesquisadores notaram várias tendências significativas. Por exemplo, a taxa de complicações aumentou com a complexidade cirúrgica: 20,4 por cento para os pacientes em hospitais de baixa complexidade, em comparação com 24,6 por cento em hospitais de alta complexidade."Nossas descobertas sugerem que as iniciativas orientadas para a melhoria do atendimento de pacientes com complicações podem melhorar os resultados", disse Dawn L. Hershman, MD, professor associado de medicina e epidemiologia na CUMC, oncologista NYP / Columbia, co-líder da Mama Programa de Câncer no HICCC, e um co-autor do estudo. "Nós também acreditamos na importância da adesão às diretrizes de qualidade e boas práticas, que podem superar essas disparidades baseadas em complexidade."E no nível mais básico, os resultados destacam a importância de prevenir complicações para começar. Elas aumentam a mortalidade, no pior cenário, mas também podem causar problemas médicos a longo prazo, com pacientes e famílias que enfrentam escolhas difíceis e custos adicionais para o tratamento.", disse o Dr. Hershman.




terça-feira, 30 de outubro de 2012

Não tente ser um super-herói...

Fiquei afastada do trabalho por 10 meses e, como já tinham passado 2 meses desde a última quimio, eu resolvi voltar. Logo no primeiro dia senti os meus pés incharem, dor e dormência nas pernas e pés, os intensos fogachos e outros sintomas desagradáveis, sequelas das cirurgias e das quimioterapias. Também percebi que eu estava bastante sensível psicologicamente! A jornada de 8 horas diárias e o ritmo do trabalho passaram a ser pesados para mim e o meu corpo começou a dar sinais de cansaço, além de eu passar a sentir muita tontura. 
Trabalhei quase o mês de outubro inteiro e hoje estive em consulta médica com a minha oncologista, onde, após relatar a minha condição física para desempenho do trabalho, ela decidiu afastar-me por mais 3 meses.
O nosso corpo sabe qual é o nosso limite e devemos SEMPRE estar atentos aos sinais que ele nos emite quando algo não vai bem (dor, sudorese, tremor, fraqueza, tontura, perda do viço da pele, visão turva, queda de cabelos, unhas fracas, etc, etc). Após ter adoecido, passei a respeitar melhor o meu corpo, bem como, passei a ser mais perceptível aos sinais emitidos por ele, indicando algum problema. Não adianta eu querer ser a mulher maravilha e tentar trabalhar com o mesmo vigor que eu tinha antes de adoecer, ou de viver a minha vida frenética como em outrora! O meu corpo passou por quatro cirurgias, 8 sessões de quimioterapia, estresse, noites mal dormidas, dores, ou seja, foi agredido ao extremo durante os últimos meses! Não posso exigir dele o mesmo desempenho, devo respeitá-lo e dar a ele o tempo necessário para a sua recuperação.
Devemos cuidar bem do nosso corpo pois ele é o templo de Deus: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”.  I Coríntios 6.16
Pura verdade, pena que descobri isso um pouco tarde demais! Para vocês que leem o meu blog ainda há tempo de mudar! 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A mente humana e seu poder de realização.


A MENTE

O que você grava na mente subconsciente, está programado para se tornar realidade física. O pensamento dá a ordem e o subconsciente cumpre. Por isso, você é o resultado dos seus pensamentos. Seu pensamento é sua verdadeira oração. Todo pensamento que o subconsciente aceita como verdadeiro, ele move céus e terra para realizá-lo.
Você mesmo já teve sonhos, em outros tempos, que lhe pareciam inatingíveis, mas hoje eles são realidade na sua vida. Para realizar um sonho você deve criar forte convicção e não apenas alguma esperança.
Se você tem convicção, sua idéia surgirá, a cada instante, eletro-magnetizada e essa força emocional sensibilizará o subconsciente, fazendo-o agir na concretização desse desejo.
O sucesso chega para aqueles que têm certeza do sucesso e, conseqüentemente, caminham na direção dele. Nunca diga que algo é impossível. Todo desejo reforçado pela fé torna-se realidade física.

PARA ALCANÇAR

A vida é uma festa e está aí de braços abertos para acolher-nos carinhosamente e nos oferecer todas as dádivas. Isso é viver no mundo dos sonhos, pois quem vive, sabe que todo sonho se torna realidade. Todo sonho já é uma realidade mental que caminha a passos largos para a realidade física. Mas é preciso sonhar e usar os meios certos para atingir esse objetivo. É preciso querer uma coisa com o coração e sintonizar a mente na mesma freqüência do coração.

Diga muitas vezes ao dia o que deseja para a sua vida, até impressionar vivamente seu subconsciente: Ex: Eu estou curado, eu estou saudável...

O PODER DE PENSAR

Como é o pensamento que aciona o poder do subconsciente, na verdade pensar é poder. Acredite que você e Deus formam uma só unidade todo-poderosa e por isso você irradia paz para todas as pessoas. Não deve existir lugar para tristeza, mágoas, ressentimentos, solidão e nervosismo. Esse enlace com a força divina nos fortalece para enfrentar a vida. Isso é mudar o padrão dos pensamentos e, conseqüentemente, mudar os rumos da própria vida.

A FÉ COMO LEI DO PODER MENTAL

Durante toda a história da humanidade a fé tem sido o grande suporte do homem. Todos os grandes líderes da Bíblia extraíram sua força da fé. Só existe uma forma de acionar o Poder Infinito que é através da fé. Não a fé no sentido de um sentimento vago, indefinido, esperança imprecisa, mas fé no sentido de certeza de que seu pensamento é verdadeiro. Acreditar, portanto, é aceitar definitivamente uma coisa como verdadeira.
A mente tem suas leis e seus princípios que nunca falham quando usados corretamente. O pensamento cria, o desejo atrai e a fé realiza. Isto quer dizer que tudo o que você pensa, deseja e acredita que vai acontecer, acontece obrigatoriamente. Peça e receberá! É um princípio simples, mas verdadeiro, porque todo pedido já traz, subjacente, o recebimento. Quando se pede, automaticamente, já se está sento atendido, assim como quando se bebe água, já se está matando a sede. O pedido existe para ser atendido.

Entretanto, para ter seu pedido atendido, deve-se seguir o princípio básico da fé: acredite que o seu pensamento é verdadeiro, ou seja, que o seu pedido já está sendo atendido só pelo fato de ter sido formulado. Permitir a dúvida, não acreditando que vai ser atendido, é mandar duas ordens opostas e conflitantes ao seu subconsciente. E como seu subconsciente é o seu subordinado todo-poderoso, que não discute ordens, que não raciocina nem seleciona, vai ficar sem condições de realizar seu pedido. Mandar duas ordens opostas ao subconsciente é o mesmo que não desejar ser atendido. É por esse motivo que muitos pedidos e orações não são atendidos

QUANDO O ATENDIMENTO É AO CONTRÁRIO

Observe que, sempre que o seu pedido não é atendido, é porque você está fazendo duas orações opostas. Isso significa que você foi atendido, só que negativamente atendido, porque, entre duas ordens opostas e contraditórias, numa você acreditou muito mais do que na outra. E, nesses casos, com certeza, você pôs muito mais emoção, muito mais energia, no pensamento negativo.
Está errado, também, mentalizar durante dez ou quinze minutos por dia aquilo que se deseja e passar o restante das vinte e três horas e quarenta e cinco minutos mentalizando idéias de fracasso e insegurança. Você precisa acreditar. Desfaça-se das barreiras negativas. A sua mente é cósmica, e, através dela, você pode entrar em contato com todo o universo.
Quando o subconsciente está ligado a sentimentos de medo, de expectativa, de incerteza, tudo acontece ao contrário daquilo que se deseja.
Ao pedir, veja a pessoa ou aquilo que deseja. Não se volte para as imagens contrárias ao seu desejo. Fixe na mente apenas a imagem que verdadeiramente deseja e o seu subconsciente reagirá de acordo com isso. Ter fé é acreditar que a imagem colocada na mente se tornará realidade física. E quanto mais emocionado for seu pensamento, com mais força e rapidez vai ocorrer o resultado almejado.

É a fé que opera no subconsciente. Na realidade não é a religião, o objeto ou a imagem que produzem o resultado, mas a crença que você tem de que esses elementos produzem resultado é que fará com que as coisas aconteçam. A fé é uma força irresistível imanente em você, no fundo, é a própria Força Divina existente em você. Essa força não age movida por aparatos exteriores, mas unicamente pelo seu pensamento. Lembre-se que acreditar é aceitar o seu pensamento como verdadeiro, quer ele seja, de fato, verdadeiro ou não.
Quando você acredita em alguma coisa o seu pensamento se dirige apenas nessa direção e então aciona o Poder Infinito que está dentro de você e o Poder Infinito cumpre. Então é o seu pensamento que se cria na sua mente a capacidade de realização.

sábado, 20 de outubro de 2012

Um homem na luta contra o câncer de ovário.

Na semana passada, ao  pesquisar no Google novidades sobre  tratamentos para câncer de ovário, encontrei um blog sobre o assunto, bem nos moldes do meu blog, contendo informações sobre o câncer de ovário e , vários alertas sobre a doença.
Surpreendi-me ao descobrir que tal blog pertence a um militar do exército, pai de uma linda menina de 11 anos e viúvo de Caroline, uma mulher guerreira, que lutou contra um câncer de ovário durante 8 meses.
Além de escrever o blog,  Orivaldo (este é o seu nome) também escreveu um livro (Caroline um dia de cada vez), ainda não publicado, relatando a estória de luta e perseverança de sua amada Caroline contra essa doença tão cruel. Eu tive a oportunidade de ler o livro e me emocionei muito, mesmo tendo passado por várias situações semelhantes as que Caroline passou. 
Até então, eu via somente o meu lado da situação, ou seja, tudo o que eu tenho passado com a doença, mas, após ler os relatos de Orivaldo, percebi o quão doloroso é para o nosso parceiro ver e acompanhar todo o nosso sofrimento, se deparando, muitas vezes, com a sensação de  impotência diante da doença, nada podendo fazer, a não ser estar ao nosso lado, para aliviar o nosso sofrimento.
Esse homem maravilho continua na luta contra o câncer de ovário, em memória de sua querida esposa, divulgando informações sobre a doença, com o intuito de se evitar novas vítimas. Com esta ação, ele tem demonstrado não somente o seu amor à Caroline, mas também o seu amor ao seu próximo. Que Deus o proteja e lhe dê toda a força necessária para continuar esse trabalho.

Segue o link para o blog do Orivaldo  : http://sgtorivaldoexercito.blogspot.com.br/

Querida Caroline, que Deus esteja sempre com você, fique em paz!
Dedico a você a canção "Angel", para que a mesma chegue aos seus ouvidos como uma prece.



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Comprimindo células cancerosas ovarianas para prever o potencial metastático: Rigidez celular como possível biomarcador


Comprimindo as células cancerosas. Um Microscópio de Força Atômica é posicionado logo acima de uma placa preenchida com células de câncer de ovário.(Crédito: Cortesia da imagem do Georgia Institute of Technology)

Science News - Science Daily (10 de outubro de 2012)

Nova Georgia - Pesquisa mostra que a rigidez da célula poderia ser uma dica valiosa para os médicos pesquisarem e tratarem as células cancerosas antes que elas sejam capazes de se espalhar. Os resultados, que estão publicados na revista PLoS One , descobriram que as células de câncer de ovário altamente metastáticas são na maioria das vezes mais suaves do que as células cancerígenas ovarianas menos metastáticas.
Os pesquisadores usaram um processo chamado de microscopia de força atômica (AFM) para estudar as propriedades mecânicas de várias linhas celulares de ovário. A sonda macia mecânica "comprime" células ovarianas saudáveis, malignas e metastáticas para medir a sua rigidez.
"A fim de se espalhar, as células metastáticas devem empurrar-se para a corrente sanguínea. Como resultado, elas devem ser altamente flexíveis e mais suaves", disse Sulchek, um membro do corpo docente da Escola George W. Woodruff de Engenharia Mecânica. "Os nossos resultados indicam que a rigidez da célula pode ser útil como biomarcador para avaliar o potencial metastático em relação ao câncer de ovário e talvez outros tipos de células cancerosas."


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Rendi-me às futilidades da vida..

Sempre fui muito comprometida com o trabalho, com os estudos ("cdf" mesmo...afff) e não me permitia relaxar assistindo a uma novela, lendo uma revista feminina de fofocas, lendo um gibi, jogando videogame, assistindo a um filme trash... Meu  discurso era sempre o mesmo: isso é fútil, inútil, não me acrescenta nada, e por aí vai.
Eu trocava toda essa "futilidade" por revistas informativas e de negócios, noticiários, jornais, documentários, enfim, por todo o tipo de atividade que pudesse me acrescentar alguma coisa! 
Somente agora, eu percebo como eu era "chata" e "burra"! 
Quando eu adoeci e fiquei em casa por quase 2 anos, como eu já não sabia mais o que fazer para passar o tempo (pois já tinha esgotado o meu estoque de livros sobre câncer, livros de auto ajuda e livros espíritas), comecei a me permitir recorrer a algumas "futilidades": passei a ler revistas de fofocas, de bordados, de culinária, assistir a filmes trash; comprei um playstation e passei a tentar jogar (é claro que não consegui passar da 1ª fase rsrsr); passei a ficar mais tempo nas redes sociais, passei a comprar bugigangas em lojinhas de 1,99, enfim, passei a me divertir mais!
Continuo adorando gente inteligente, conversas inteligentes, porque sem modéstia, eu já sou inteligente prá caramba (peguei pesado rsrsr) e um pouquinho mais de conhecimento é sempre bem vindo. Mas hoje em dia, sabe o que não suporto? Gente chata. E quer ver gente mais chata do que as que detestam futilidades? Prá tudo na vida é preciso equilíbrio. Ninguém precisa passar 24 horas do dia apenas alimentando o cérebro para provar que tem um. 
A diversão pela diversão faz bem para a nossa saúde mental e é extremamente necessária, pois faz com que esqueçamos os problemas, faz com que possamos  rir mais e de nós mesmos, sim, por nos acharmos ridículos, e isso alivia toda e qualquer tensão! 
Se futilidade é perda de tempo, a melhor coisa do mundo é poder ter tempo para perder! Coitado daquele que não tem tempo a perder, ou que não se permite perder tempo! É claro que é importante trabalhar, estudar, ler bons livros, mas enriquecer o intelecto não é tudo na vida! Por que não dosar um tempo para o intelecto e outro para o bem estar? Use a sua inteligência a favor de você mesmo, em prol de sua saúde! Não leve a vida tão a sério, procure arrumar um tempinho para as coisas fúteis (ouvir uma boa piada, assistir novela, ler uma revista de fofocas, ler um bom gibi, se dar ao luxo de chupar um sorvete ou de comer um cachorro quente se lambuzando todo), permita-se, seja você mesmo, sorria e chore quando sentir vontade, pois assim manterá o seu corpo em equilíbrio e será muito mais feliz. 


sábado, 13 de outubro de 2012

Câncer de ovário - um tipo raro e letal de câncer!


Hoje eu acordei tristinha, pois estive pensando em como e porque fui acometida por um câncer tão raro! 
Anualmente, surgem no Brasil 6.000 novos casos de câncer de ovário, contra 50.000 novos casos de câncer de mama. Se considerarmos uma população feminina de 60 milhões de mulheres, com idade de 20 a 70 anos, teremos 1 caso de câncer de ovário a cada 10.000 mulheres e isso corresponde a uma chance de 0,01% de se ter câncer de ovário, e eu tive!
Por ser um tipo raro de câncer, não se investe tanto em pesquisas para a detecção precoce desta doença, bem como para tratamentos menos invasivos e nós, que fomos acometidas com esse tipo de doença,  ficamos a mercê dos poucos tratamentos disponíveis! Este quadro lamentável está presente em todo o mundo e não somente no Brasil. Embora seja o 7º tipo de câncer que mais afeta as mulheres ele é o que mais faz vítimas, justamente porque em 70% dos casos é descoberto em estágio avançado!
Como já terminei o tratamento quimioterápico, fico agora somente na expectativa, esperando os resultados dos próximos exames, esperando as próximas consultas, esperando que o câncer não reincida e esperando, do fundo do coração, que Deus me ajude!
Qualquer mal estar que sinto, seja um desconforto ou dor abdominal, constipação ou gases, já acho que é o câncer que está voltando! Sei que devo mudar o meu pensamento e estou tentando, mas confesso que não é nada fácil!
Encontrei um poema que descreve mais ou menos o meu estado de espírito:



estou ASSIM.
esperando na janela, na porta, na sala, no QUARTO.
no chão, no sofá, na CAMA.
sigo a ESPERA.
me pergunto. questiono. brigo COMIGO.
e não encontro a resposta.
até QUANDO?
meu castelo é de AREIA.
não está fincado na rocha.
respiro fundo.
choro.
engulo o CHORO.
e sigo esperando.
na JANELA, na porta, no quarto, no chão, no sofá....

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Lidando com a insensibilidade alheia.

Se somos seres humanos é porque somos dotados de alma, e a alma, por sua própria constituição não pode ser má nem insensível. 
Algumas pessoas são sensíveis o bastante para compartilharem conosco a nossa dor: A tristeza é nítida em suas faces quando estamos doentes e mais nítida ainda é a alegria quando nos recuperamos.
Porém, nem todos tem essa mesma sensibilidade! Percebo que algumas pessoas sentem dificuldade em se sensibilizar com a dor alheia. Talvez seja em razão da banalização da dor pela mídia, pois diariamente apresenta inúmeras ocorrências funestas, tais como pessoas sendo baleadas, pessoas morrendo em filas de hospitais, pessoas sendo atropeladas, enfim, tudo quanto é cena de desgraça passa diante de nossos olhos como se fosse cena de um filme, mas são cenas reais.
Eu mesma, ainda tenho me deparado com algumas pessoas insensíveis. Lamento por eles,  pois  quando se é insensível é porque se deixa dominar por algum sentimento negativo, que acaba por bloquear a sua alma. 
A alma nos fala através da intuição. Quando deixamos que a irritação ou outros sentimentos como inveja, ódio, desconfiança nos dominem, isolamos a alma, impedindo que ela se manifeste e então ficamos sujeitos a tomar atitudes irrefletidas e danosas, por vezes irreparáveis, sendo difícil  conseguir uma atitude compreensiva, generosa e benevolente, permanecendo insensível ao sofrimento alheio. Sem alma os seres humanos se fecham para o amor verdadeiro, abrindo as portas para o ódio.
Acredito que todos nós já fomos insensíveis em algum momento, mas devemos deixar o nosso espírito atuar dentro de nós. De que forma? Sendo solidários, sensíveis, generosos, benevolentes e caridosos para com o próximo.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

De volta ao trabalho.

Hoje, dia 04/10/12, voltei a trabalhar, após 10 meses de licença médica. Foi muito bom reencontrar os colegas de trabalho e retomar as minhas atividades. Imaginei que após tanto tempo afastada eu teria uma certa dificuldade de entrar no ritmo, mas correu tudo bem. É claro que o meu ritmo mudou, pois tive um bom tempo para refletir sobre minha atuação profissional. Antigamente, eu vivia ligada no 220 volts e fazia várias coisas ao mesmo tempo, pois eu já tinha desenvolvido uma técnica para "assobiar e chupar cana" ao mesmo tempo. Agora, depois de ser obrigada a desacelerar, o meu lema é fazer uma coisa de cada vez e com muita calma e tranquilidade. 
No decorrer do dia de hoje eu me senti razoavelmente bem, pois os temidos fogachos me incomodaram por várias vezes, o meu pé inchou bastante e meu pescoço doeu um bocado. Meu corpo precisará se readaptar ao trabalho. Percebi também que o meu raciocínio está mais lento. Cheguei a brincar com alguns colegas de trabalho dizendo que a quimioterapia deve ter queimado os meus neurônios! Parece até que "emburreci" rsrsrs.
Acredito que a volta ao trabalho me fará bem, pois manterá a minha mente mais ocupada durante este período pós-quimioterapia, momento este em que me sinto "descoberta" por não estar recebendo nenhum tipo de tratamento! Deus está me dando a oportunidade de recomeçar, de fazer tudo diferente. Estou aproveitando esta oportunidade e agradeço a Ele por tudo!

domingo, 30 de setembro de 2012

Meu novo eu está entrando em ação.


No dia 28/09/12, completaram 05 meses desde a minha "Grande Cirurgia"! Recuperação difícil e, mais difícil ainda, foram as quatro sessões de quimioterapia pós-cirurgia. Foram meses de muita dor, muito enjoo, neuropatia, falta de paladar, cansaço e outras "cositas"  mais,  mas, finalmente, tudo passou!
Confesso que fiquei sem chão quando terminei as quimioterapias, pois, enquanto em tratamento, eu me sentia amparada e agora estou me sentindo, de certa forma, totalmente descoberta. Além do mais, as consultas médicas e exames, que inicialmente eram mensais, passaram a ser trimestrais! Esta fase também está sendo bastante difícil, pois estou tendo que lidar com muita ansiedade e a apreensão! 
Estou retomando todas as minhas atividades e, esta semana, voltarei ao trabalho, após 10 meses de licença para tratamento de saúde .Todos esses meses afastada também serviram para eu juntar os meus pedaços e me refazer! Agora, terei que me readaptar ao trabalho, à rotina diária, à jornada de 8 horas diárias, aos novos colegas de trabalho e ao meu novo ritmo!
Decidi que não irei mais me estressar e que o meu trabalho não terá mais tanta importância em minha vida! Darei prioridade à minha saúde e à minha família. De agora em diante, minha vida terá que se readequar ao meu novo Eu, que está entrando em ação. Espero que o Eu atual seja melhor do que o Eu antigo: com menos defeitos, mais qualidades e sentimentos mais verdadeiros. Afinal, eu quero muito voltar a sorrir para a vida, sem medo, sem lágrimas e sem sofrimento!




terça-feira, 25 de setembro de 2012

Questionário de dois minutos detecta mulheres em risco de câncer de ovário


Abordagem aplicada no consultório médico pode permitir detecção precoce da doença, essencial para a sobrevivência


Um simples questionário de dois minutos realizado no consultório médico pode efetivamente identificar mulheres com sintomas que podem indicar câncer de ovário, segundo estudo realizado por pesquisadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos EUA.

A detecção precoce de câncer de ovário é a chave para a sobrevivência. As taxas de cura para as pacientes diagnosticadas quando a doença está apenas no ovário é de aproximadamente 70 a 90%. No entanto, mais de 70% das mulheres com a doença são diagnosticadas com doença avançada, quando a taxa de sobrevivência é de apenas 20 a 30%.
Os pesquisadores avaliaram a eficácia e a viabilidade de várias pesquisas diferentes de rastreamento de sintomas.
Após alguns ajustes na formatação e conteúdo, a versão que se mostrou mais eficaz continha um questionário com três perguntas que verificavam se uma mulher estava experimentando atualmente um ou mais dos seguintes sintomas, identificados previamente como indicativos de câncer de ovário:
- Dor abdominal e / ou pélvica;
- Rápida sensação de satisfação e / ou incapacidade de se alimentar normalmente;
- Distensão abdominal e / ou tamanho maior abdômen
O questionário também verificou a frequência e duração desses sintomas.
"Sintomas como dor pélvica e inchaço abdominal podem ser sinal de câncer de ovário, mas eles também podem ser causados por outras condições. O que é importante é determinar se eles são atuais, de início recente e ocorrem com frequência", afirma a líder da pesquisa M. Robyn Andersen.
O estudo envolveu 1.200 mulheres, com idade entre 40 87 anos. Mais da metade das participantes do estudo relataram estar na pós-menopausa e cerca de 90% eram brancas.
Das entrevistadas, 5% foram encaminhadas para testes adicionais após responderem ao relatório. Deste grupo de cerca de 60 mulheres, uma foi diagnosticada com câncer de ovário em breve.
Das 95% das mulheres que testaram negativo no relatório, nenhuma desenvolveu câncer de ovário durante um período de 12 meses de acompanhamento, o que atesta a precisão da ferramenta de triagem.
Segundo a equipe, a ferramenta de triagem pode ser usada facilmente em um ambiente de cuidados primários, além de ser aceitável para os pacientes e médicos e identificar mulheres com sintomas com o mínimo de resultados falso-positivos.


Fonte: Isaude.net - publicado em 23/09/2012 às 07h00:00

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Descoberto gene que intervém nos cânceres de ovário mais agressivos


Tratamento de quimioterapia não tem sucesso em mulheres com este material genético

Cientistas de uma universidade britânica identificaram um gene que intervém em tumores de ovário muito agressivos e que poderia ser utilizado para prever se as pacientes responderão adequadamente à quimioterapia.
A descoberta, publicada no último número da revista médica British Journal of Cancer, é fruto do trabalho de um grupo de pesquisadores da Universidade de Dundee (Escócia) liderados pela doutora Gillian Smith.
Os pesquisadores descobriram que esse gene, chamado FGF1, se encontra em grandes quantidades nas células tumorais de pacientes resistentes aos tratamentos com quimioterapia combinada com platina.
A equipe de Gillian considera que seria possível analisar os níveis deste gene para determinar se uma mulher responderá adequadamente a esses fármacos, antes de administrá-los.
Em seu estudo, os pesquisadores analisaram uma grande variedade de genes que pareciam intervir no câncer de ovário de 187 pacientes e descobriram que o FGF1 desempenhava o papel principal na hora de determinar a evolução do tumor.
Os cientistas descobriram também que a atividade desse gene aumenta ainda mais quando as células do tumor se tornam resistentes à quimioterapia.
Em seu experimento, os especialistas bloquearam o gene nas células tumorais resistentes ao tratamento, que alcançaram vencer para torná-las sensíveis de novo à quimioterapia.
"Nosso estudo abre caminho para o desenvolvimento de novos testes que determinem se a quimioterapia funcionará nestes casos e sugere que os fármacos dirigidos ao gene FGF1 poderiam ser efetivos para um grupo de mulheres com um tipo de câncer de ovário que atualmente é muito difícil de tratar", explicou Gillian.
20/09/2012 - 09h00 | Agência Efe | Londres

Mitos e verdades sobre o câncer de ovário

A médica oncologista Ana Carolina Gifoni, membro do Comitê de Oncogenética da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e presidente ...